Vereador quer proibir a retirada de água do rio São Francisco para Guanambi e região

“Se tiver que causar uma crise diplomática entre municípios e governo vamos causar para impedir de levar essa água para outros locais, até resolver nossa situação”, concluiu.

Manoel Messias
Manoel Messias

O vereador petista Manoel Messias fez uma declaração polêmica na sessão da última sexta-feira, 17 de abril, no momento em que usou à Tribuna Livre. Messias citou que há mais de dois anos o sistema de abastecimento de Malhada está pronto e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), não assume a responsabilidade. Segundo ele, enquanto 16 comunidades rurais estão com o sistema apto para funcionar e beneficiar quase dez mil pessoas, simplesmente a Embasa cruzou os braços.

De acordo com o parlamentar petista, é inaceitável a EMBASA retirar água no município de Malhada, tendo estação de tratamento no povoado do Julião, abastece várias cidades e as comunidades ribeirinhas não receber esse líquido tão preciso e cada vez mais escasso. “Se tiver que causar uma crise diplomática entre municípios e governo vamos causar para impedir de levar essa água para outros locais, até resolver nossa situação”, concluiu.

Durante a Consulta Pública sobre o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (CBHSF), no município de Carinhanha, oeste da Bahia, a diretora de Cultura de Malhada, Josedalva e o secretário de Agricultura José Castro Castor de Abreu, também criticaram a forma que estão levando a água do rio São Francisco.

Messias classificou que o momento é muito crítico para que a retirada de água continue acontecendo. “Estamos em um período de seca, outra coisa é levar água daqui para outros locais e o povo daqui não ter ela.”, destacou.

Para um advogado, o vereador não pode fazer nada a não ser falar. “Trata-se de um rio Federal que tem autorização da Agência Nacional de Água (ANA) e outros órgãos. Existe licença e no momento não há o que fazer para impedir. Precisa de força política junto ao Estado para solucionar o problema. A água vai continuar sendo retirada normalmente, pois eles estão amparados judicialmente,  uma vez que tem a licença para isto e a documentação está em dia, sendo assim não há motivos para interferência”, disse.

Redação www folhadovale.net

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