“Valor deixado por ex-prefeito Ítalo não é suficiente para pagar vencimentos atrasados”, diz prefeito de Serra do Ramalho

O valor deixado nos cofres públicos pelo ex-prefeito Ítalo Anunciação (PSD) não são suficientes para pagar os vencimentos atrasados dos servidores públicos.

Prefeito Lica de Serra do Ramalho. Foto: perfil pessoal.

SERRA DO RAMALHO – Depois da cerimônia de posse no dia 1º de janeiro, o prefeito de Serra do Ramalho, Eli Carlos Dos Anjos Santos, Lica (PSDB), descobriu que se meteu numa grande encrenca.

Em entrevista concedida ao site Bahia Notícias, Lica afirmou que o valor deixado nos cofres públicos pelo ex-prefeito Ítalo Rodrigo Anunciação Silva (PSD) não são suficientes para pagar os vencimentos atrasados dos servidores públicos. “Ainda não posso revelar o valor do montante deixado pelo antigo gestor, mas adianto  que passaremos por dificuldades”,comentou.

Ainda segundo Lica, na terça-feira (5) ele foi ao banco e imprimi os extratos dos bancos do Brasil, Bradesco e Caixa.  “Nesta quarta-feira (6) terei acesso ao extrato das transferências anteriores para que possamos fazer um relatório e apresentar. Nas contas que tivemos acesso não têm recursos suficientes para pagar os servidores”, disse, disse Lica.

Lica comentou sobre a situação dos servidores que não receberam os vencimentos referentes ao mês de dezembro do ano passado e ao 13º salário. Ele explicou foi informado pelo jurídico que não é obrigação dele assumir dívida de gestão anterior, uma vez que o dinheiro estava na conta e ele tirou para outros fins.

Conforme Lica, há mais de dez dias ele tenta contato com Ítalo para saber sobre os recursos, mas não obtém retorno. “Algumas contas estão zeradas, outras com pouco recurso e abaixo do esperado. Como não tivemos acesso, o banco nos ofereceu um relatório do dia 1º até hoje, não temos acesso ao relatório do mês de dezembro (de 2020), mas no mês de janeiro (deste ano), o recurso que tem é bem irrisório em relação ao que o município deve aos servidores”, declarou.

Ítalo foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF)  em março de 2020, acusado de desviar R$ 2,6 mil do transporte escolar, no período de 2009 a 2016, as “empresas” celebraram pelo menos 36 contratos públicos e receberam mais de R$ 46 milhões dos municípios de Serra do Ramalho, Paratinga, Sítio do Mato e Bom Jesus da Lapa

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