Tio é absolvido da acusação de ser o mandante do assassinato do sobrinho em Palmas de Monte Alto.

Após ficar quase dois anos preso, acusado volta pra casa após decisão da maioria dos jurados

Aconteceu na última quinta-feira, 3 de maio, o julgamento de José Carlos da Silva Nogueira, acusado de ser o mandante do homicídio de seu sobrinho Silvaney da Silva Nogueira, assassinado com mais de 10 facadas no dia 24 de Setembro de 2010 pelo próprio primo Wender Nogueira da Silva, que na época do crime era menor de idade.

O julgamento aconteceu no tribunal do júri do Fórum Dr. Alcebíades Dias Laranjeiras, e foi presidido pela Juíza Dr. Adriana Silveira Bastos. A acusação ficou na responsabilidade da promotora Dr. Tatyane Miranda, e a defesa do acusado foi feita pelos advogados Dr. Lucas Vilas Boas e Dr. Alexsander Rousso.

O primeiro a falar na sessão de julgamento foi Wender, que novamente assumiu ter matado o primo a mando do tio. “Eu matei por que estava embriagado, não mataria ninguém por dinheiro. Eu estou muito arrependido. Agora eu confesso que só dei três facadas, não sei quem deu as outras nove”, disse ele. Atualmente, Wender está em Salvador, cumprindo pena sócio-educativa em Centro de Reabilitação para menores infratores

Em seu depoimento, o acusado José Carlos negou todas as denúncias imputadas contra a sua pessoa. Segundo ele, o seu sobrinho Wender mentiu durante todo o processo para tentar lhe prejudicar. “Essas acusações contra mim são tudo mentira, ele ta mim acusando para livrar a pele dele”, disse o réu.

Na sua explanação, a representante do Ministério Público, Dr. Tatyane Miranda, defendeu a condenação do réu, pois segundo ela havia provas suficientes que incriminava José Carlos. A promotora ainda ressaltou que acredita na versão do tio ser o mandante do assassinato pelo fato de que o autor do crime (Wender) não se beneficiaria em nada com essa afirmação.

Já os advogados de defesa, Dr. Lucas e Dr. Alexsander, pediram ao conselho de sentença a absolvição do réu, alegando que José Carlos não tinha motivos para mandar matar a vítima, e que essa foi uma invenção do autor. Eles também citaram que nenhuma prova concreta foi apresentada contra o réu, e que as denúncias são baseadas apenas no depoimento do Wender. “Qual é a credibilidade que esse Wender tem, ele disse em juízo que deu só três facadas, e a vítima aparece com 12 facadas, e quem deu as outras nove? Será se dá pra confiar em depoimento desse”, afirmou o advogado Alexsander.

Após o debate entre acusação e defesa, os sete jurados se deslocaram para uma sala secreta onde também se fez presente a juíza, promotora e os dois advogados. Conforme sentença anunciada pela Juíza Dr. Adriana, a maioria dos jurados decidiu que José Carlos não mandou matar o sobrinho, e que, portanto deveria ser absolvido. Neste momento, a magistrada assinou o alvará de soltura e o réu que estava preso há quase 2 anos retornou para sua casa.

Giro de Noticias / Reportagem de Vilson Nunes DRT-DF 7181

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