Professores da rede municipal de Palmas de Monte Alto decidem entrar em greve

Vale destacar que dos professores efetivos que compareceram a plenária, 67 (sessenta e sete) votaram favoráveis à greve e 21 (vinte e um) opinaram contra.

Na manhã deste sábado (07/02), os professores da rede municipal de Palmas de Monte Alto (BA) decidiram em assembleia extraordinária que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (12/02). A decisão foi tomada pela categoria durante evento realizado na Sede do Sindicato dos Servidores Públicos. Vale destacar que dos professores efetivos que compareceram a plenária, 67 (sessenta e sete) votaram favoráveis à greve e 21 (vinte e um) opinaram contra.

A senhora Vilma Moura, representante do Sindicato de Guanambi, que esteve presente na assembleia, parabenizou os professores do município e externou que ‘conquista se consegue na luta’, e considerou o movimento forte e coeso, mas acredita no diálogo e na negociação. “A greve se suscitou justamente pelo não atendimento aos pontos de pauta, principalmente o piso salarial na sua integralidade (…) Outro ponto foi o retroagir num direito já conquistado, que foi a adequação da carga horária de 13 horas, e isso é direito, e direito não pode ser retroagido e, considero que os pontos de pautas tem respaldo para uma greve”, manifestou ela.

A professora Neurisângela Miranda reafirmou que a vitória é do esclarecimento e mais uma vez externou que a categoria não quer uma greve e deixou claro que somente entrarão em greve se a gestão não cumprir a Lei, pagando integralmente o piso nacional e mantendo a adequação da carga horária. “Neste período de segunda a quarta-feira, estaremos voltando para a sala de aula em respeito ao diálogo, aos pais, aos estudantes (…) nós estamos voltando para sala de aula cumprindo uma carga horária de 13 aulas, que é um direito que já foi adquirido (…) E vamos aguardar até a quarta-feira a decisão da gestão, se atende, se respeita a Lei, ou se mantêm esse desrespeito à Legislação. Se manter, quinta-feira: greve”, afirmou a professora.

Em entrevista à nossa Reportagem, a presidente do Sindicato, Luciana Bastos, mais uma vez esclareceu que o movimento partiu da insatisfação dos professores pelo não cumprimento à Lei do piso e deixou claro que esta luta não é recente. Segundo ela, desde 2009 a categoria luta para ter esses direitos respeitados, que este não foi o primeiro movimento. Informou ainda, que mesmo sem o apoio significativo dos profissionais da educação, que está tendo agora, o sindicato foi às ruas, fez movimento, mas, ainda assim, a gestão à época não abriu espaço para o diálogo e negociação, restando ao sindicato recorrer na justiça. E, somente depois de muita luta, em 2012 o direito ao piso foi concedido, mas a adequação da carga horária foi negada. De acordo com a presidente, mais uma vez, a partir de 2014, a categoria tem seus direitos lesados diante do não pagamento do piso e da suspensão da readequação da carga horária, conquistada no início de 2013.

Em relação ao seu posicionamento contrário à deflagração da greve, a presidente esclareceu que, no seu entendimento, ainda não se esgotaram todas as possibilidades de negociação, considerou arriscado partir para uma greve sem estudar criteriosamente os prós e os contra, e teme pelo enfraquecimento do movimento e, que com isso Administração se fortaleça. “Quando a gente tem um documento, que afirma que já foi esgotada todas as possibilidades de negociação, eu discordo.(…) O gestor pediu um prazo de 20 dias. Nós nunca tivemos isso. Ninguém nunca nos pediu um prazo para dar uma resposta(…) Nós não esgotamos todas as possibilidades(…) eu ainda não vi o quantitativo de contratos, nós ainda não sentamos com a relação de cargos comissionados, para que possamos analisar(…) Eu apoio o movimento, mas declarar uma greve sem antes esgotar todo e qualquer tipo de negociação, eu acho que não é viável”, disse a presidente.

De acordo com informações repassadas ao “Programa Giro de Notícias”, os professores retornam às aulas nesta segunda-feira (09/02) e vão até a quarta-feira (11/02). E, caso a Administração Municipal, nestes três dias, não se posicione atendendo às reivindicações dos docentes, ou mesmo se coloque para uma negociação, munida das informações e números, a categoria entrará em greve, a partir de quinta-feira (12/02), por tempo indeterminado.

Vilson Nunes DRT-DF 7181
Fonte: Sindicato dos Servidores Públicos de PMA

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