Produtores se mobilizam para debater seca na região de Guanambi
Diante do cenário, os produtores cobraram, em caráter urgente e emergencial, a implementação de linhas de crédito para compra de rações.
GUANAMBI — Produtores rurais de diversas cidades da Microrregião de Guanambi, no sudoeste da Bahia, se reuniram na noite de segunda-feira (4) para debater uma das maiores secas dos últimos 50 anos, na Câmara de Vereadores.
O Portal Folha do Vale está nos Canais do WhatsApp; veja como participar. Pelo nosso canal você recebe notícias atualizadas de hora em hora.
O evento promovido pelos produtores reuniu prefeitos de Guanambi, Caetité, Pindaí, Palmas de Monte Alto, Malhada, Iuiu, Carinhanha e Riacho de Santana. Ainda participaram do evento o deputado federal Charles Fernandes (PSD), vereadores de toda a região, sindicatos, associações e empresários do agronegócio.
Os deputados federais Arthur Maia (União Brasil) e Daniel Almeida (PCdoB), participaram virtualmente. Além dos federais, estiveram presentes os estaduais Felipe Duarte (Avante), Vitor Bonfim (PV) e o senador Ângelo Coronel.
Diante do cenário, os produtores cobraram, em caráter urgente e emergencial, a implementação de linhas de crédito para compra de rações, insumos e capital de giro com carência mínima de 12 meses. Eles pediram a prorrogação automática de débitos com vencimentos até dezembro de 2024 nos agentes financeiros, fornecimento emergencial de água.
Eles pediram ainda o cadastramento dos produtores em um programa de fornecimento de ração, apoio aos produtores de leite e decretação, caso necessário, de estado de calamidade nos municípios atingidos pela seca na região.
Durante o pronunciamento, a prefeita de Carinhanha, Francisca Alves Ribeiro, Chica do PT), disse que o problema da seca é tão emergencial quanto a Terceira Guerra Mundial, que poderá acontecer em razão da disputa por água potável.
“Daqui a 10, 20, 30 anos vai continuar uma seca dessa porque a questão não é de agora. Há quantos anos a mãe natureza está pedindo socorro? A culpa do que está acontecendo não é de Jesus, é do ser-humano. Vamos repensar as nossas atitudes”, comentou Chica.
Na visão dos produtores, esse é o movimento considerado histórica e jamais visto na história regional recente.
