Presos denunciam situação precária da cadeia de Carinhanha

Os presos citaram a nossa reportagem, que quando chove molha mais dentro das celas do que fora.

O portal Folha do Vale teve acesso às dependências da Cadeia Pública de Carinhanha, aonde pudemos ver de perto o que era narrado pelos presos, foi registrado pelas lentes da nossa câmara mostrando a realidade. Um cano é usado como vaso sanitário para os 12 reclusos que fazem a descarga literalmente manual. A água que é usada para beber, banha e lavar roupas vêm direto da rua através de uma mangueira.

Segundo o preso Divanildo Pereira da Silva (Minerinho), as visitas acontecem nas sexta um dia antes eles não podem usar os banheiros devido às péssimas condições espalhado o odor nas três celas. Outro preso citou que eles enfrentam problemas com ratos. “Os animais entram pelos esgotos das privadas e variam de tamanhos”, disse. Os detentos dizem que o chão fica coberto de fezes e urina de ratos. Ruim para quem passa pelos corredores, nojento para os detentos que dormem no chão.

Os presos reclamam da qualidade da alimentação, que segundo eles, muitas vezes vem cheias de cabelos como se eles fossem um bando de insignificantes. Os detentos afirmaram que são agredidos muitas vezes dentro das celas.

Quando questionados sobre situação da saúde, eles relataram se existir o inferno a cadeia de Carinhanha deve ser o purgatório. Já fiquei sem três dentes, quando agente reclama eles falam que e mentira. “Tem um colega da gente que está secando a perna por não ter atendimento. Outra coisa tem ano que o promotor visitou a cadeia. Defensor público agente só conhece na televisão, por quer aqui ainda é um sonho. O judiciário trata com descaso os presos, estamos conscientes dos nossos erros e estamos aqui para pagar, agora precisamos ser tratado com dignidade”, disse.

A cadeia de Carinhanha foi construída em 2002, quase 11 anos depois a estrutura da unidade prisional apresenta problemas. A tela está tão degradada que coloca em risco a segurança. A espécie de pó que se forma se acumulou tanto na base que é possível juntar com a mão. As paredes também não estão em bom estado. Forçando com a mão o preso consegue tirar partes da estrutura que às vezes é coberta com cimento, material de resistência bem menor que o concreto. A pior parte é a elétrica que deixa fios expostos nas paredes e no chão, colocando a vida dos mesmos em risco.

Os presos citaram a nossa reportagem, que quando chove molha mais dentro das celas do que fora.

Os detentos criticaram a falta de compromisso dos defensores públicos e da Assistência Social, que nunca fizeram uma visita. Os presos foram claros ao afirmam que o judiciário dever ter mais celeridade nos processos que não são analisados.

Redação www folhadovale.net

Deixe seu comentário