Presidente da Z³³ de Carinhanha fará auditoria para apurar suposto esquema milionário de desvio de verbas

Auditória apurará supostos desvios de recursos que podem ultrapassar 1 milhão de reais, na Colônia dos Pescadores de Carinhanha.

CARINHANHA — O presidente da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z³³ de Carinhanha, Newilton Batista, conhecido como ” Nêu da Colônia”, informou que irá instaurar auditória para apurar supostos desvios de recursos que podem ultrapassar 1 milhão de reais na gestão do então presidente Fábio Gurra, que gerenciou a associação por 7 anos.

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Eleito vice-presidente da Z³³na chapa de Fábio Guerra, Nêu da Colônia preside a associação há 1 ano e 8 meses, após Guerra ser afastado por determinação judicial. Ele foi afastado por contrapor um princípio que fere o Estatuto da Z³³, que veda o exercício de três mandatos consecutivos.

Ao Folha do Vale, o presidente disse que recebeu uma colônia sucateada, literalmente sucateada e com apenas R$ 235,00 (duzentos e trinta e cinco reais) na conta bancária, além de dívidas com funcionários e fornecedores. Nêu da Colônia cita que encontrou divida na Casa Magalhães, Micão Supermercado, Contabilidade de Tininho, dentre outros.

Ele explica que ficou 10 meses sem receber seus proventos, direito esse assistido pelo estatuto. Com o propósito de sanar todas as dívidas, somente se abstendo da mensalidade e de outras exigências estatutárias conseguiriam exaurir todas as dívidas.

Ele explicou que um dos primeiros passos ao iniciar essa jornada foi tentar entender o paradeiro do dinheiro, já que são quase 2 mil pescadores que pagam as suas mensalidades religiosamente no valor atual de R$ 20 reais.

Para Nêu da Colônia, diante dos absurdos encontrados e sem explicação por parte de Fábio, não restou outra alternativa a não ser instaurar uma auditoria para descobrir o paradeiro do dinheiro dos associados.

Ainda ao FV, ele fez questão de dizer que ao término da auditoria, se for comprovado desvio, o responsável será denunciado e terá que devolver tudo para os pescadores. “Não é aceitável esse tipo de situação, não permito essa prática aqui”, comentou.

Nêu da Colônia deixou claro que desde que assumiu já realizou uma grande festa para comemorar o Dia do Pescador, com a presença de mais de 1.000 pescadores, além disso, realizou a reforma da Sede da Colônia e recebeu de doação um veículo Celta.

“Agora vamos informatizar todo o sistema de automação, proibir receber dinheiro em mãos como era antes. Agora a determinação pagamento da mensalidade por mio do PIX e boleto bancário”, falou.

Ele disse que essa prática de alguns membros do Conselho Fiscal facilitava o que ele classificou como “lava-jato” da colônia. Algo até inacreditável, a colônia não possuía um aparelho celular com número próprio para atendimento ao público. Pasmem! Mesmo com tantas e significativas ações, tem mais de 76 mil reais em conta, valor esse que nunca foi alcançado por nenhum outro presidente”, comemora.

Outro ponto importante da auditoria seria o possível uso do dinheiro da colônia para compra de carros particulares no valor aproximado de R$ 80 mil, afirmativa ventilada pelo vendedor dos carros que afirma ter recebido cheque da colônia para pagamento de parcelas de um dos veículos e será provavelmente chamado para depor, também de um cheque nominal a uma casa de peça em localizada na cidade de Caculé no valor de quase R$ 5.000 mil reais.

A atual tesoureira disse que o cheque foi assinado e extraído do talão a pedido do ex-presidente para compra de combustível no valor de R$ 200,00 que seria para levar o pai de Guerra até Guanambi. O presidente explica que, na verdade, foi comprovado que o valor não teria R$ 200, mas sim R$ 4.891,00 e utilizado para compra de peças de carro em Caculé, sendo que a colônia nunca havia possuído um carro.

Por último, ele disse que consta um cheque que foi fraudado. A tesoureira da colônia teria tido que desconhece a sua assinatura e no cheque, que estaria alterada a data de 2022 com caneta para 2023, o valor de R$ 1.500,00. Cheque que teria sido dado em um comércio na Avenida Santo Antônio, com o propósito de sanar dívidas pessoas de Fábio e a compensação do cheque se deu quando Fábio não era mais presidente.

Fabio registrou uma queixa alegando que desconhece a existência do cheque, ou seja, complicando mais ainda sua situação, pois o comerciante muito conhecido na cidade repassou para um de seus funcionários sendo compensado na caixa econômica e esse comerciante alega que foi para pagar dívidas pessoais do então presidente.

Fábio Guerra foi procurado pela reportagem do Folha do Vale para se pronunciar, mas até o fechamento da matéria não respondeu o veículo de comunicação. O FV deixa espaço aberto para os devidos esclarecimentos.

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