Prefeitura de Carinhanha comenta decisão da Justiça sobre desocupação

“Não existe local para abrigar esse pessoal, são mais de 300 pessoas. O contingente é muito grande”, disse Piau.

O prefeito de Carinhanha, Geraldo Pereira Costa (Piau), comentou a decisão da Justiça sobre a desocupação das 50 casas do programa “Minha Casa Minha Vida”, invadida em 2016, no Residencial Luciana, proferida pelo Juiz Designado da Comarca, Edsamir da Silva Mascarenhas.

Segundo Piau, ele foi procurado por algumas pessoas, mas o Município não tem lugar para tanta gente. Conforme o gestor, quando finalizou o pleito de 2016, ele foi procurado por pessoas.

 “Na época essas pessoas foram orientadas que o prefeito era Paulo Elísio Cotrim (Paulo da Yonara), mesmo sabendo dos riscos eles invadiram. Não mandei ninguém invadir nada, porque sabia que mais tarde eles seriam retirados das casas”, disse Piau.

Questionado se o Município tem lugar para colocar os moradores depois da desocupação, Piau afirmou que não. “Não existe local para abrigar esse pessoal, são mais de 300 pessoas. O contingente é muito grande”, disse Piau.

Alguns moradores afirmaram que entraram nas casas com autorização de Paulo da Yonara, mas ele não foi localizado para comentar o caso.

Na última terça-feira (12), magistrado  Edsamir da Silva Mascarenhas, expediu um mandado de reintegração de posse para desocupação de 50 casas do Residencial Luciana. O magistrado deu um prazo de 4 dias, que vence nesta sexta-feira(15).

Para os moradores que estavam cadastrados no programa “Minha Casa Minha Vida”, há muito tempo eles aguardavam pela decisão. “O banco Paulista precisa concluir os serviços, os quais foram interrompidos”, comemora uma das vítimas.

Em julho de 2017, o portal Folha do Vale denunciou vendas de casas no Residencial Luciana. Naquele período assessor Jurídico da Prefeitura Jenilton Pereira Teixeira, afirmou que os imóveis não poderiam ser vendidos. “Quem comprou vai perder o dinheiro”, concluiu Jenilton.

Ainda na gestão do Paulo da Yonara, o então vereador Júnio Souza Guedes (Júnio Guedes), formou uma comissão para fiscalizar as obras, na ocasião, Guedes disse que foi constatado irregularidades, mas os serviços não foram interrompidos.

As obras foram iniciadas em abril de 2013, com o objetivo tirar diversas pessoas da linha de risco. Naquele período, 50 famílias que se enquadravam no programa foram cadastradas. As casas foram erguidas, mas os cadastrados não foram contemplados.

Veja aqui:

Redação www folhadovale.net

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