Prefeito de Brumado vai para partido aliado do presidente Jair Bolsonaro após desfiliar PSB
Vasconcelos aguarda apenas a definição do chefe do executivo para anunciar o seu novo ninho político. Ainda sem partido, Bolsonaro articula com o Partido Progressista (PP) ou com o Partido Liberal (PL).
BRUMADO – Após entrar em acordo com a direção estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) da Bahia e deixar a sigla, o prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos, vai para um partido da base aliada do presidente da república, Jair Messias Bolsonaro. Através de uma carta, o prefeito da cidade de Brumado, anunciou a sua saída do Partido. No documento, o gestor justificou motivo de ordem pessoal para sua desfiliação da sigla.
“Cumprimentando-o, cordialmente, sirvo-me do presente para solicitar a V. Senhoria a minha desfiliação do quadro de filiados do Partido Socialista Brasileiro – PSB de Brumado, por motivos de ordem pessoal. Na certeza do pronto atendimento ao quanto solicitado, aproveito o ensejo para render sinceros agradecimentos pelo apoio e experiência partidária adquirida durante os anos de filiação”, escreveu.
Segundo apuração do site Achei Sudoeste, Vasconcelos aguarda apenas a definição do chefe do executivo brasileiro para anunciar o seu novo ninho político. Ainda sem partido, Bolsonaro articula com o Partido Progressista (PP) ou com o Partido Liberal (PL).
Vasconcelos é defensor do governo Bolsonaro e, inclusive, esteve em Brasília no último dia 7 de setembro participando de ato em favor do presidente, o que provocou a sua saída do PSB. A presença do prefeito nos atos pró-Bolsonaro desagradou a direção estadual do PSB. A deputada federal Lídice da Mata chegou a declarar que o PSB e o prefeito têm posicionamentos divergentes.
“O prefeito foi, ao longo do período que passou no PSB, uma pessoa respeitosa com o nosso partido e que chegou, em 2014, a estar na nossa chapa majoritária. Do ponto de vista pessoal, respeitamos uns aos outros. Do ponto de vista político, temos grandes divergências. Seu apoio a Bolsonaro é incompatível com a sua permanência no PSB”, disse.
Segundo Lídice, a ida do prefeito à manifestação pró-Bolsonaro em Brasília coloca ambos em lados opostos.
“Temos exigência do tipo de comportamento em relação ao Governo Federal. Temos clara posição contrária a este presidente genocida. Portanto, o que Eduardo terá, como todos os militantes do nosso partido, é o direito de se defender na comissão de ética, abrindo um processo pra que ele se sinta à vontade para sair do partido”, afirmou.