Mesmo com município em crise prefeito Jordão Medrado gastará meio milhão de reais em festa
O grupo, que já teve o status de um dos mais requisitados do país para micaretas e shows em praça pública, perdeu muito do seu atrativo com a saída do vocalista Bell Marques, 62 anos, há exatamente um ano. Sem o carisma de Marques, o ‘Chiclete’ ficou acessível a municípios do porte da pequena Montalvânia.
Por:Luisclaudioguedes.com.br

O prefeito de Montalvânia, Jordão Medrado (PR), resolveu bancar a festa da emancipação político-administrativa do município, comemorada no feriado do 21 de Abril. A edição de 2014 do evento foi suspensa, sob a alegação de que a cidade atravessava dificuldades financeiras com as constantes quedas nos repasses de recursos pelos governos federal e estadual.
Pois bem, de lá para cá, a crise financeira, inclusive nos municípios ficou mais grave e evidente. Ainda assim, Medrado decidiu bancar a festança, que deve consumir recursos públicos da ordem de meio milhão de reais, segundo fontes ouvidas pelo site. A principal atração da festa será a banda de axé ‘Chiclete com Banana’.
O grupo, que já teve o status de um dos mais requisitados do país para micaretas e shows em praça pública, perdeu muito do seu atrativo com a saída do vocalista Bell Marques, 62 anos, há exatamente um ano. Sem o carisma de Marques, o ‘Chiclete’ ficou acessível a municípios do porte da pequena Montalvânia. O cachê da banda caiu de R$ 200 mil por apresentação para alguma coisa próxima de R$ 80 mil por cada show.
“Seria irresponsabilidade realizar uma festa de grandes proporções como é a nossa, numa cidade que vem passando por muitas dificuldades, inclusive com a prorrogação do decreto de Estado de Emergência”, declarou o prefeito Jordão, há um ano, após pedir desculpas para a população, na tentativa de justificar o cancelamento da festa. A crise, como se sabe, deixou o status de marolinha para a atual tempestade perfeita, que reúne a um só tempo desajuste nas contas públicas, com forte queda na arrecadação dos entes federados, com a péssima ambiência política no país.