Instagram exclui perfil criado para pratica de Ciberbullying em Brumado após decisão judicial

A decisão foi cumprindo  na última segunda-feira (5) pela Meta, após determinação  da  Autoridade Judiciária da Comarca de Brumado.

Conversa do perfil falso. Foto: Reprodução Delegacia de Brumado
Conversa do perfil falso. Foto: Reprodução Delegacia de Brumado

BRUMADO – A empresa Meta, responsável por administrar a rede social Instagram, excluiu um perfil falso que estava sendo usado para fazer fofocas e praticar crimes contra a honra de diversos adolescentes estudantes de duas escolas particulares de Brumado, no sudoeste da Bahia.

No último sábado (3), a Polícia Civil da Bahia, através da Delegacia Territorial de Brumado, tomou conhecimento de um perfil do Instagram que estava sendo usado para o Ciberbullyin, modalidade virtual do bullying, que é identificado pelas intimidações repetitivas entre crianças e adolescentes, mas com características próprias, pois tem um efeito multiplicador e de grandes proporções quando acontece na web.

A decisão foi cumprindo na última segunda-feira (5) pela Meta, após determinação da Autoridade Judiciária da Comarca de Brumado. A decisão foi proferida após representação cautelar feita pelo Delegado de Polícia, Paulo Henrique de Oliveira, que pediu o bloqueio e cancelamento do perfil, sob multa diária de R$50.000,00 em caso de descumprimento.

O perfil, agindo de forma anônima, expunha fotos, nomes e arrobas das vítimas com informações de suas vidas íntimas além de difamá-las sob o pretexto de ser “a maior fonte de entretenimento”, além de rivalizar alunos destas duas escolas; estipulava datas para novas publicações de stories com fofocas difamatórias ou as condicionava se chegasse a um certo número de seguidores.

Ciberbullying não é um “entretenimento” e pode trazer consequências prejudiciais para todos: vítimas, agressores e testemunhas. Quem assiste, rindo, ignorando ou ajudando a compartilhar, também participa da violência.

As vítimas desse perfil que se sentiram difamadas ou ridicularizadas podem procurar a Delegacia de Brumado para serem ouvidas no inquérito. Caso haja identificação dos responsáveis, elas também poderão ajuizar ação de indenização por danos morais. As investigações continuam em andamento para se tentar chegar ao autor das publicações.

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