Fazendeiro é denunciado por suposto crime ambiental na zona rural de Iuiu

O veneno, aplicado no último dia 11 de janeiro, atingiu diversas árvores frutíferas, conforme relatos dos moradores da comunidade.

Árvores atingidas. Foto: moradores
Árvores atingidas. Foto: moradores

IUIU — Moradores da Fazenda Ouro Fino, no entorno da comunidade de Morro de João Lopes, zona rural de Iuiu, no sudoeste da Bahia, denunciaram ao Folha do Vale o dono de uma propriedade rural que usou uma aeronave na aplicação de agrotóxico.

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O veneno, aplicado no último dia 11 de janeiro, atingiu diversas árvores frutíferas. A aplicação do agrotóxico foi realizada na Fazenda Aldir, conforme relatos dos moradores da fazenda.

“ Estamos indignados com a falta de respeito e descuidado de um criador de gado (Rogério, dono da fazenda Aldir, na última quinta-feira ele mandou passar veneno na roça de avião e acabou atingindo a mata toda vizinha, todos os moradores tiveram prejuízo, ao atingir todas as plantas frutíferas e estão morrendo, queremos que algum órgão tome as providências não podemos ficar assim(sic)”, comentou um morador.

Os moradores disseram que o veneno atingiu além da mangueira, goiaba e umbu, também atingiu plantação de feijão e mandioca. Eles afirmam que além das árvores frutíferas e da plantação, as árvores de uma mata estão secando.

Em contato com o fazendeiro, ele respondeu que não foi feita aplicação de veneno que mata plantação, mas para matar lagarta e cigarrinha no sorgo e no capim. Ele confirmou que essa aplicação foi aérea, porém negou ter feito o uso do herbicida 2,4 D com avião.

Rogério informou que esse tipo de aplicação é feito com trator, além de ressaltar que a aplicação foi feita na Fazenda Boa Sorte, às margens da BR-030, em uma área de 425 hectares. “Não tem relação com Morro de João Lopes”, disse ele.

Em resposta ao Folha do Vale, a chefe do Departamento de Meio Ambiente de Iuiu, Vagna Nogueira, informou que o Município tomará todas as medidas cabíveis, afirmando ser indivisível. Ela disse que atuando há 7 anos na área nunca viu nada igual, por isso, irá acionar outros órgãos ambientais.

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