Exercício irregular da profissão de educador físico vira febre na região na Microrregião de Guanambi
A atuação de pessoa não devidamente habilitada, em quaisquer de suas funções, inclusive como personal trainer, pode configurar contravenção.
GUANAMBI — Praticar atividade física cresceu bastante nos últimos anos em todo o mundo, lotando academias, parques e ruas que estão cada vez mais cheias de gente se mexendo. Isso tem uma explicação, o povo está praticando mais atividade física.
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Com o número maior de pessoas fazendo alguma atividade física, surge aquele “profissional” que exerce ilegalmente a profissão de educador físico, levando muita gente a praticar exercício irregular. A atuação de pessoa não devidamente habilitada como profissional de educação física, em quaisquer de suas funções, inclusive como personal trainer, pode configurar contravenção penal.
Conforme donos de academias ouvidos pela reportagem, muitos instrutores sem formação nenhuma na área se apresentam como personal. “Se a gente olhar algumas redes sociais, é assustador como alguém que nunca sentou em um banco de faculdade se apresenta como personal”, comenta.
Para outro profissional da área, o mais grave é que ainda existem prefeitos que contratam pessoas que não têm nenhuma formação na área. “Outro dia vi uma pessoa que não tem formação nenhuma participando de premiação de personal destaque do ano”, lamenta.
A profissão de personal trainer é regulamentada pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e pelos Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs).
Em janeiro deste ano, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou proposta que define regras para que educadores físicos acompanhem alunos durante a prática de exercícios em academias de ginástica ou estabelecimentos similares.
Pelo texto, para acessarem o estabelecimento, os profissionais de educação física deverão apresentar o documento profissional, com registro válido no Conselho Profissional de Educação Física, e o contrato de prestação de serviços ao aluno matriculado nesse estabelecimento.
A reportagem entrou em contato com o CREF13/BA – Conselho Regional de Educação Física da 13ª, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.