Desaparecimento de Jorjão provoca indignação da família por falta de respostas
Na época do desaparecimento, o então delegado disse que, diante do que foi coletado, tudo indicava que Jorjão desapareceu na Bahia.
MANGA — O desaparecimento de Jorge Aparecido Costa, conhecido como Jorjão de Maria Piaba, 46 anos, completa um mês no dia 15 de junho. Para a família, a data é um marco de indignação, principalmente pela falta de respostas.
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Jorjão desapareceu no dia 15 de maio, após sair da cidade de Manga, no Norte de Minas, para comercializar um veículo, inclusive foi visto entrando em um hotel na cidade de Malhada, na Bahia, antes de retornar ao estado de origem.
Na sexta-feira (6), a família e a polícia descartaram que um corpo carbonizado encontrado na zona rural de Itacarambi, também no Norte, seria de Jorjão de Maria Piaba.
O desaparecimento de Jorjão chama a atenção pela velocidade da investigação, que, mais de 20 dias depois, não andou. Nesse período, o então delegado Thiago Pinheiro, responsável pela apuração, ouviu algumas pessoas, porém não consistentemente.
O caso também foi encaminhado para ser apurado pela Delegacia Territorial de Malhada, na Bahia, mas o material é muito frágil. O delegado Osmair Mattos disse que ouviu algumas pessoas que tiveram contato com o desaparecido, no entanto, não conseguiu nada que pudesse levar a um nome.
Em Manga, cidade de origem do desaparecido, onde a investigação se concentra, o delegado responsável pelo caso foi transferido para outra cidade. A investigação está nas mãos de outro agente, porém a equipe não forneceu nenhuma informação.
Na época do desaparecimento, o então delegado disse que, diante do que foi coletado, tudo indicava que Jorjão desapareceu na Bahia, razão pela qual encaminharia o material para que fosse apurado em Malhada.
Na visão de alguns familiares, existe uma má vontade por parte da polícia para investigar esse desaparecimento. Para alguns familiares, ninguém desaparece do nada sem deixar rastro, porém esse trabalho é da polícia.
Em contato com um irmão do desaparecido, ele não acredita que o irmão esteja mais vivo. Ele disse que as fotos encontradas na zona rural de Juvenília podem ter sido uma forma de desviar o foco da investigação, escondendo o local verdadeiro para onde levaram seu irmão.