Prefeito de Palmas de Monte Alto tem sigilo fiscal e bancário quebrado após indícios de desvios

Atendendo do Ministério Público do Estado (MP-BA), O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) quebrou na última quarta-feira (21), o sigilo bancário e fiscal do prefeito de Palmas de Monte Alto, no Sudoeste baiano, Manoel Rubens Vicente da Cruz (PSD). Para o MP existe “fortes indícios de um esquema de desvios de recursos” operado pelo prefeito.

De acordo com informação publicada pelo Bahia Notícias, a suspeita partiu de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontava movimentações suspeitas que envolveriam ainda  a esposa do gestor, uma empresa em que os dois são sócios, outras quatro pessoas e um posto de combustíveis.

O MP afirma que o arranjo serviria para financiar campanhas eleitorais, nomeações de servidores, pagamentos de “vultosos valores públicos”, contratos com “prestadores coniventes”, além de transações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica de quem estava envolvido e depósitos elevados – na casa ou superior a R$ 100 mil.

O MP aponta no relatório que um estudante chegou a fazer um depósito de R$ 40 mil para a conta do prefeito, sem nenhuma justificativa. Em outro caso, um motorista teria recebido do prefeito, também sem justificativa, R$ 8,7 mil. O MP-BA também aponta suspeita de enriquecimento ilícito do gestor.

 Manoel Rubens teria um acréscimo de 1,2 mil% no patrimônio, conforme comparativo das declarações de bens nas eleições de 2008 e 2016. Neste período, o capital do prefeito subiria de R$ 771 mil para a soma de R$ 10 milhões, respectivamente. O processo corre em segredo de justiça no tribunal baiano.

Procurado pelo portal Folha do Vale, o gestor Manoel Rubens não foi localizado pela reportagem. O espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos.