Analistas descartam golpe militar
Nesta terça-feira (29), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, que é general da reserva do Exército, afirmou que não via "nenhum militar pensando nisso".

No momento em que manifestantes em meio ao movimento grevista dos caminhoneiros pedem intervenção militar e em que boatos se espalham pelas redes sociais, o UOL ouviu oficiais do Exército e analistas políticos para saber se há, afinal, risco de golpe militar no Brasil.
Nesta terça-feira (29), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, que é general da reserva do Exército, afirmou que não via “nenhum militar pensando nisso”.
Como ele, oficiais do Exército descartam uma intervenção, mas estão preocupados com a possível simpatia da tropa ao movimento grevista, conforme noticiou a “Folha”. No Congresso, políticos da oposição e da base de apoio do governo externaram a preocupação de que o presidente Michel Temer (MDB) não chegue ao final do mandato.
Apesar da paralisação econômica e da efervescência social do país, na opinião dos entrevistados nesta reportagem, não há risco de golpe militar. Pelo menos por enquanto, já que todos fazem a ressalva de que a conjuntura pode mudar caso a crise se agrave ainda mais.
“E continuo achando que não há risco de golpe militar. Não há espaço para golpes nos moldes tradicionais, como os dos tempos da Guerra Fria. O descontentamento e o desespero da população podem levar não ao golpe militar, mas a soluções muito pouco democráticas, de viés autoritário, com atalhos constitucionais, o que é representado pelo deputado Jair Bolsonaro [pré-candidato a presidente pelo PSL]. A campanha eleitoral também pode ser marcada pela violência física entre eleitores de tendências diferentes”, disse Carlos Fico, professor de história e pesquisador da UFRJ.
Por: Uol