Carinhanha: Prisões na Operação Corcel Negro teria motivação política.
Não foi só o ex-prefeito Geraldo Pereira Costa, o Piau (PSDB), de Carinhanha, no Vale do São Francisco, que pôs em suspeição a Operação Corcel Negro, responsável por desbaratar uma rede de extração e comércio ilegal de carvão na Bahia e em Minas Gerais, finalizada nesta segunda-feira (25) com saldo de 39 presos em diversas cidades dos dois estados e na capital paulista (ver aqui e aqui).
Não foi só o ex-prefeito Geraldo Pereira Costa, o Piau (PSDB), de Carinhanha, no Vale do São Francisco, que pôs em suspeição a Operação Corcel Negro, responsável por desbaratar uma rede de extração e comércio ilegal de carvão na Bahia e em Minas Gerais, finalizada nesta segunda-feira (25) com saldo de 39 presos em diversas cidades dos dois estados e na capital paulista (ver aqui e aqui). A ação conjunta, que na Bahia contou com a participação de Ibama, Ministério Público (MP), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícias Militar e Civil, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), também foi questionada por advogados de defesa e fontes ligadas aos acusados. Eles denunciaram uma suposta motivação política por trás das ações, além de possível acobertamento de pessoas com contatos na atual diretoria da Sema, comandada por Eugênio Spengler (PT). O primeiro a apontar o hipotético desvio de conduta foi o próprio Piau, tio do ex-vereador e ex-candidato a deputado estadual Jader Wilton Oliveira Costa (PRP), preso na Corcel Negro. Segundo o ex-gestor, os produtores de carvão mais próximos à prefeita da cidade, Chica do PT, não sofreram qualquer tipo de punição, tampouco foram chamados para depor (a prisão, nos casos em tela, também foram tidas como desnecessárias pelas defesas, que consideraram a convocação para depoimento como saída mais adequada). Ex-auxiliares diretos do antecessor de Spengler na Sema, Juliano Matos, também estão entre os detidos na operação, além de pessoas ligadas à ex-diretora do antigo Instituto do Meio Ambiente (atual Inema), Beth Wagner. Membros do PV, ambos apoiaram Jaques Wagner nas eleições 2010, contra a orientação do partido, mas foram críticos à escolha de Spengler para a pasta, desde a descompatibilização de Matos para disputar uma vaga na Câmara Federal. Apesar de a dupla ter torcido o nariz, Spengler entrou, foi mantido após a reeleição de Wagner, mas a antipatia dentro da tríade de apoio a ele não se dissipou.
Por:Bahia Notícias:Edição: Folhadovale.Net