Pacientes denunciam situação de calamidade no Hospital Geral de Guanambi

A demora compromete, principalmente, o atendimento de pessoas com lesões graves, como traumas na coluna cervical, que dependem de exames.

GUANAMBI — Pacientes do Hospital Geral de Guanambi (HGG), na região sudoeste da Bahia, denunciam uma grave situação de superlotação na unidade, com corredores ocupados por macas, ausência de leitos e falta de estrutura básica para acompanhantes.

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De acordo com os relatos, o hospital não dispõe de aparelho de ressonância magnética, o que obriga pacientes a aguardarem regulação para exames em Vitória da Conquista ou Salvador por períodos que ultrapassam 30 dias. A demora compromete, principalmente, o atendimento de pessoas com lesões graves, como traumas na coluna cervical, que dependem de exames de imagem para diagnóstico e definição do tratamento.

Ainda segundo as denúncias, não há cadeiras suficientes para acompanhantes, agravando ainda mais a situação de quem precisa permanecer por longos períodos na unidade.

A condição do HGG tem sido classificada como de calamidade e expõe, na avaliação dos pacientes, a forma como o Governo do Estado trata o hospital, que é referência para mais de 1 milhão de habitantes de cerca de 40 municípios da região.

Resposta da direção

Em resposta ao Portal Folha do Vale, a direção do Hospital Geral de Guanambi reconheceu a superlotação e a escassez de leitos. A administração informou que uma enfermaria está interditada para reforma, o que resultou na redução temporária de cerca de 30 leitos. Segundo a gestão, a obra deve ser concluída até fevereiro.

A direção afirmou ainda que os pacientes em estado grave estão sendo atendidos e destacou um aumento significativo nos procedimentos de neurocirurgia realizados nas últimas semanas.

Sobre a ausência do aparelho de ressonância magnética, a administração explicou que o equipamento já foi solicitado à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e que, enquanto isso, os pacientes estão sendo encaminhados para unidades de referência próximas, sem longos períodos de espera.

Quanto à fila de regulação, a direção disse estranhar as denúncias de demora e ressaltou que medidas foram adotadas para reduzir o tempo de espera, com ações voltadas à priorização dos atendimentos de urgência e à otimização dos recursos disponíveis.

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