CAPS reinaugurado atende mais de 2 mil usuários em Carinhanha

CARINHANHA — Vanderlei Neres de Brito, 35 anos, não tinha uma vida social e a família era obrigada a manter as portas dos quartos fechadas, mas depois que conheceu no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), sua vida mudou para melhor.

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A declaração foi do lavrador Adão Neres de Brito, irmão de Vanderlei, na tarde de terça-feira (4), morador da comunidade de Água Ruim, em Carinhanha, durante a reinauguração do CAPS. “Esse local aqui é importante para todos nós, agora ficou ainda melhor”, comentou Adão.

Aos olhos de boa parte da sociedade, o local é considerado um abrigo de “loucos”, entretanto, quem frequenta o CAPS com alguém sabe que não é verdade, como disse Ana Paula, psicóloga. Ela disse serem 2091 pessoas assistidas pelo CAPS, sendo 45 no módulo de permanência.

Djanira Alves, usuária do CAPS, disse que não é de Carinhanha, mas recebeu todo suporte necessário. Ela comentou que depois do CAPS voltou a estudar.

Fabrício Barreto, secretário Municipal de Saúde, fez questão de frisar a importância do CAPS. “Certa vez me disseram que aqui é um lugar de doidos, mas doido é o preconceito de quem pensa dessa forma”, comentou Barreto.

Um dos discursos mais emocionantes foi do vice-prefeito Ronaldo Cassiano, o qual iniciou falando da importância do CAPS. O ex-secretário de saúde disse que ao longo dos anos pessoas com transtornos mentais foram excluídas, isso em razão da falta de conhecimento.

Antes de descerrar a placa, a prefeita Francisca Alves Ribeiro (Chica do PT) citou Augustinho Ribeiro dos Santos e Raimundinho, pessoas que na visão dela tinham grandes sensibilidades.

“Aqui não é hotel como muitos pensam, aqui é um local de convivência social. Quero que os empresários façam visitas aqui, mas não é para doar nada. Eles precisam conhecer a nova estrutura do CAPS, afinal, toda família tem alguém com transtorno e poucos assumem essa situação, por vergonha”, comentou Chica.

A prefeita Chica do PT aproveitou para dizer que seu governo é feito de gente e para gente, então, pautem o CAPS, local excluído por muitos. “Isso aqui antes era um necrotério, agora ganhou vida e é acolhedor”, falou.

Em seguida, Chica levou o público para conhecer o novo local que ganhou cara nova. Ela disse que a equipe pensou em tudo, além de ressaltar que os usuários também são contemplados com aulas de músicas, transformando a vida de cada um.