Mãe carinhanhense luta por home care para que criança possa deixar HGVC em Vitória da Conquista

Internada há mais de dois meses em Vitória da Conquista, Emanuelly precisa do home care para deixar o hospital.

Emanuelly Moreira Sousa. Foto: reprodução mãe
Emanuelly Moreira Sousa. Foto: reprodução mãe

VITÓRIA DA CONQUISTA – Vanilda Moreira da Silva, 33 anos, mãe da pequena Emanuelly Moreira Sousa, de 1 ano de idade, luta para ela ter serviço de home care e deixar o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), onde se encontra internada desde 9 de julho.

Na unidade hospitalar Emanuelly precisou ser intubada, além de ter sofrido uma parada cardíaca após um procedimento realizado por uma técnica de enfermagem e uma fisioterapeuta. Depois desse procedimento invasivo Emanuelly apresentou quadro de HIPOATIVIDADE, em razão pela qual precisou do serviço de home care.

 “Ela [Emanuelly] está na enfermaria da unidade e aguarda o serviço para poder ir para casa. Ela precisa de acompanhamento médico. Emanuelly permanece na enfermaria recebendo todos os cuidados necessários dentro da unidade, depois dos procedimentos realizados na unidade”, disse Vanilda.

A mãe disse que não entrou em contato com Secretaria Municipal de Saúde de Carinhanha, onde a família reside, porque no momento em que uma assistente social fez o cadastro para buscar o serviço junto a Sesab (Secretaria da Saúde do Estado da Bahia), foi informada que para Carinhanha o serviço poderia ser negado por conta da falta de estrutura.

Ela disse que o representante de uma empresa interessada que já atende em Guanambi, informou que como Carinhanha não oferecia suporte para home care, eles prestavam o serviço em Guanambi, onde a empresa já atende.

“O representante da empresa disse que como Carinhanha não oferece suporte para home care, teria que esperar a Sesab negar o pedido para Carinhanha, entretanto, Carinhanha é obrigada a bancar os custos em outra cidade, no caso Guanambi”,comentou Vanilda.

Desesperada, Vanilda recorreu a Sesab e já recebeu seis não. À Folha do Vale, Valda disse que é um martírio permanecer dentro da unidade depois de tantos problemas, por isso, ela precisa desse serviço para deixar o hospital.

De acordo com Vanilda, ela apela para o Secretário Municipal de Saúde de Carinhanha, Fabrício Barreto, interferir junto ao órgão estadual para fornecer o serviço.

Em contato com Fabrício Barreto, ele respondeu que o serviço de home care, que é o tratamento médico domiciliar, em algumas situações o SUS (Sistema Único de Saúde) não disponibiliza para Carinhanha, por não ter equipe disponível na região, sendo que, a criança ainda tá em Vitória da Conquista.

“Estamos estudando outros meios para que a Emanuelly possa ser assistida e ter um tratamento adequado, menina muito especial, me sensibilizo pela mãe e familiares”, disse Fabrício.

O secretário disse que na próxima semana vai entrar em contato com o hoste VC para ter maiores informações para estudar como pode resolver o problema.

 A reportagem entrou em contato com a Sesab, mas até a publicação da matéria não teve resposta. A reportagem vai continuar insistindo, além de deixar o espaço aberto para os devidos esclarecimentos.

Drama de Emanuelly

O drama vivido pela família da pequena Emanuelly começou no final do mês de junho no Hospital Maria Pereira Costa (Dona Quinha), em Carinhanha, quando Valda procurou a unidade para ser medicada de uma febre, mas o médico teria afirmado tratar-se de uma virose e não passou nenhuma medicação.


Vanilda retornou à unidade hospitalar três dias depois, já que o problema não passava. O segundo médico teria tido que era gases, porém ele iria deixar a paciente em observação. No dia seguinte um Raio X mostrou que Emanuelly estava com pneumonia em estado agravado.


Ela foi transferida para o Hospital Geral de Guanambi (HGG), mas o pesadelo só estava iniciando. Além da pneumonia, a pequena foi diagnosticada no HGG com derrame pleural, além de testar positivo para Covid-19. Com o quadro clínico gravíssimo Emanuelly precisava ser transferida para um centro que disponibilizava de uma UTI Pediátrica, sendo Vitória da Conquista ou Salvador.

A transferência da pequena guerreira para HGVC aconteceu após uma mobilização por parte da família, ocasião em que havia vaga zero. Passando -se mais de dois meses houve uma evolução para piora no estado de saúde da pequena, ocasião em que foi intubada.

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