Sessão extraordinária realizada na Câmara de Carinhanha deverá ser decida na Justiça
A sessão extraordinária realizada na Câmara de Carinhanha no dia 29 de julho deverá ser decida na Justiça, segundo informação da presidente da Câmara.
CARINHANHA – A presidente interina da Câmara de Carinhanha, Evânia da Silva Neves, Evânia de Jadinha (PDT), disse nesta segunda-feira (3) que a polêmica em torno da validade da sessão extraordinária realizada no dia 29 de julho, por 7 dos 11 vereadores, deverá ser decidida pela Justiça.
Evânia disse que ao realizar a sessão os vereadores descumpriram uma decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gardênia Pereira Duarte, esta que determinou um prazo de 20 dias para convocar uma nova eleição. Esse prazo encerra no dia 14 de agosto.
Segundo ressaltou Evânia ao Portal Folha do Vale, o descumprimento dessa decisão é um assunto que vai terminar nos tribunais. “Foi realizada uma extraordinária com a intenção clara de tentar descaracterizar essa presidente, desobedecendo assim a uma decisão judicial. Não tenho dúvida que essa sessão será anulada”, disse Evânia.
De acordo com os opositores, o objetivo da sessão foi discutir a decisão da desembargadora, bem como marcar uma data para realizar uma nova eleição para escolher o novo presidente. No entendimento dos vereadores não há motivos para questionar essa sessão, já que eles cumpriram o que determina o Regimento Interno da Casa.
Depois da extraordinária convocada pela maioria, uma chapa foi protocolada pelo vereador Adirlan Soares Cardoso, Pí do Luana (PP), enquanto os 4 vereadores não protocolaram nenhuma chapa, por entender que houve ilegalidade no processo. A eleição agendada pela maioria foi marcada para 24 de agosto, no entanto, poderá ser indeferida pela Justiça.
A sociedade carinhanhense passa mais uma vez por um novo momento de fragilidade institucional ao observar o processo de escolha do novo presidente do Legislativo, evidenciando a dificuldade em se delimitar o liame de atuação de cada Poder.
