Vereadores de Carinhanha podem ficar sem reajuste do salário
Desde que os edis aumentaram seus próprios salários, a reação foi rápida por parte da população que entendeu como desrespeito aos cidadãos. “Vamos pedir para a justiça revogar os salários desses vereadores, que usam o dinheiro público para pagar assessores que se quer comparecem no seu local de trabalho”, disse um advogado.

O aumento concedido na última terça-feira, 20 de dezembro, pela Câmara Municipal de Carinhanha, no Oeste da Bahia, aos vereadores da próxima legislatura pode acabar não acontecendo. Fontes ligadas ao prefeito Paulo Elísio Cotrim, Paulo da Yonara (PT), afirma que ele pode vetar os projetos que elevam os salários de vereadores, secretários municipais, vice-prefeito e prefeito.
Curiosamente, os dois projetos já haviam sido apresentados na Câmara, sendo retirado por pressão popular. Com os dois projetos de lei nº 009 e 010/2016, a remuneração dos secretários municipais passou R$ 4.500,00 para R$ 5.500,00, vereador de R$4.600,00 para R$ 7.596,60, vice 6.500, para R$ 8.000,00 e prefeito de R$ 11.500,00 para 16.000,00.
Desde que os edis aumentaram seus próprios salários, a reação foi rápida por parte da população que entendeu como desrespeito aos cidadãos. “Vamos pedir para a justiça revogar os salários desses vereadores, que usam o dinheiro público para pagar assessores que se quer comparecem no seu local de trabalho”, disse um advogado.
Segundo populares que reivindicam a revogação do projeto, não teve uma ampla divulgação do projeto para que à população pudesse discutir. “Falta remédio, vacina, médico, psfs fechados e vereadores preocupados com eles”, disse.
De acordo um advogado, o projeto aprovado pode não ter validade, já que os vereadores perderam o prazo para votar o projeto de resolução que dispõe sobre a remuneração. “Se o gestor não vetar, vamos acionar a justiça, isso porque a Lei orgânica do município, diz que para ter validade para a próxima legislatura, os vencimentos deveriam ter sido aprovados até o dia 17 de setembro, 15 dias antes do pleito. Foi aprovado agora, quase 90 dias depois.O projeto deveria ser colocado em duas sessões,isso não aconteceu e foi direto”, disse ele.
Redação www folhadovale.net