Treze baianos eram mantidos em trabalho escravo no Mato Grosso

Treze trabalhadores da construção civil eram mantidos em trabalho escravo no Mato Grosso, são dos municípios de Guanambi e Malhada. A denúncia foi feita no final de semana.

O malhadense Edione denunciou o trabalho escravo. Foto: reprodução do Perfil News.

GUANAMBI / TRÊS LAGOAS – Trabalhadores da área da construção civil denunciaram que eram mantidos em condição análoga à escravidão na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Os 13 trabalhadores são das cidades de Guanambi e Malhada, ambas no sudoeste da Bahia.

Conforme informação do site Perfil News, eles foram levados pela empresa Prumo de Ouro para trabalhar na construção do Hospital Regional da cidade, mas a empresa não oferece nenhuma estrutura para os trabalhadores.

De acordo com o carpinteiro Edione Santos Araujo, de 24 anos, ele saiu da comunidade de Lagoa da Onça, e Malhada para trabalhar como carpinteiro, mas encontrou um alojamento sem nenhuma estrutura. “Estou dormindo no chão, os colegas tem 45 dias que não recebem. Quero receber o meu e ir embora”, disse ele.

Segundo contou André de Sousa, de 26anos, natural de Guanmabi, o recrutador fez uma promessa muito boa na sua cidade de origem, no entanto, quando ele chegou em Três Lagoas encontrou outra realidade.

Em entrevista concedida ao blog, o presidente do sindicado Nivaldo Moreira,  informou que já acionou o  Ministério Público do Trabalho (MPT).  Ele afirmou que esses trabalhadores dormiam em camas improvisadas, feitas pelos trabalhadores, que eram responsáveis por levar os próprios colchões e roupas de cama. A alimentação e o local para as refeições também não eram garantidos.

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