Três pessoas são presas em operação contra grupo especializado em fraudes na retirada da CNH na Bacia do Corrente

Foram presos um agente público da 17ª Ciretran, em Santa Maria da Vitória, um ex-servidor do órgão e um sócio de autoescolas.

Foto do cumrpimento de mandado de busca e apreensão — Foto: Divulgação/PF
Foto do cumrpimento de mandado de busca e apreensão — Foto: Divulgação/PF

BACIA DO CORRENTE — Três pessoas foram presas durante a “Operação Stop Driver”, da Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (28), em cidades da Bacia do Corrente, no oeste da Bahia, que tem o objetivo de combater um grupo criminoso especializado em fraudes no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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Conforme informações da PF, a ação, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), cumpre 21 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão.

Foram presos um agente público da 17ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Santa Maria da Vitória, um ex-servidor do órgão e um sócio de autoescolas.

A operação, que contou com a presença de 90 policiais, aconteceu nas cidades de Santa Maria da Vitória, São Félix do Coribe, Coribe, Santana, Canarana, Bom Jesus da Lapa, Brasília e Goiânia. Os mandados foram decretados pela Vara Criminal de Santa Maria da Vitória.

A Vara Criminal de Santa Maria da Vitória também decretou o afastamento do servidor da 17ª Ciretran e o bloqueio dos bens dos quatro investigados.

Os crimes investigados são:

  • organização criminosa;
  • falsidade ideológica;
  • corrupção ativa e passiva;
  • prevaricação;
  • lavagem de capitais.

As quatro pessoas presas foram levadas para a delegacia da PF de Barreiras, cidade que também fica no oeste baiano. Elas podem responder por uma pena máxima superior a 40 anos de prisão, além da perda de todo patrimônio adquirido com os crimes.

Segundo o g1, as investigações, iniciadas pelo MP a partir de denúncias anônimas, apontam que o esquema existe desde 2016, ano em que se apurou um “alto” número de habilitações concedidas a residentes distantes de Santa Maria da Vitória, inclusive vindos de outros estados.

O esquema consistia na venda de CNH a pessoas que não passaram pela avaliação exigida pelo Departamento de Trânsito (Detran), portanto sem aprovação técnica quanto a conhecimentos práticos e teóricos para se habilitarem como condutores.

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