Servidores de Pindaí são fotografados com adesivos do PP ao lado do prefeito
O flagrante ocorreu durante os festejos do Distrito de Guirapa, nos dias 19 e 20 de janeiro, e na festa de São Sebastião, em Paus Preto.
PINDAÍ — O uso de veículos e de servidores são proibidos na propaganda antecipada, ou propaganda eleitoral extemporânea, conforme prevê a Lei nº 9.504/97,sendo passível de multa nos termos do § 3° do art. 36 da mesma lei, segundo Resolução TSE n.º 23.679/22.
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Mesmo sendo considerada propaganda eleitoral extemporânea ou antecipada, servidores da Prefeitura de Pindaí, no sudoeste da Bahia, foram fotografados ao lado do prefeito João Veiga (PP), com adesivos do PP-Partido Progressista, partido do qual Veiga concorreu ao pleito anterior e continua filiado.
O flagrante ocorreu durante os festejos do Distrito de Guirapa, nos dias 19 e 20 de janeiro, e na festa de São Sebastião, em Paus Preto, que ocorreu de 11 a 13 de janeiro. Essas festas são custeadas com dinheiro público.
O prefeito, que é pré-candidato à reeleição, teria aproveitado os festejos tradicionais para realizar campanha eleitoral antecipada. Os adessivos estavam sendo usados por servidores que ocupam cargos de confiança, de acordo aparece alguns nas imagens.
Procurado pela reportagem, o prefeito João Veiga, respondeu que os adesivos contêm só o número do partido PP (11) e não contém nome de nenhum pré-candidato. “Assim como o do partido da oposição que é o Avante (70), essa iniciativa partiu da oposição que abriu um comitê e estava adesivando as pessoas, tanto no comitê como na feira livre e festas. Aí está havendo essa competição por parte de militantes e simpatizantes (sic)”, disse Veiga.
De acordo com o Diretório Municipal do Avante, eles realizaram uma plenária chamando o povo para filiação, no dia 6 de janeiro. O Avante cita que o ato de filiação não envolveu dinheiro público.
O Avante encerra dizendo que o chefe do Executivo é que precisa explicar o uso de dinheiro público em festas públicas para promover o partido em que ele se elegeu, bem como tentará à reeleição pelo mesmo partido. “O prefeito como garoto propagando no meio de um movimento pago pela prefeitura não é legal, muito menos moral”, fecha a nota.