Prefeitos do oeste baiano fecham prefeituras, bloqueiam BR 242 e pedem socorro aos governos federal e estadual
"Estamos sendo obrigados a administrar folha de pagamento. Não temos recursos para investimentos em obras e melhorias para os municípios. Os programas feitos em parceria com os governo federal e estadual correm risco de paralisação total uma vez que os recursos ou não são repassados ou são repassados com atraso" explicou.

Os prefeitos do Oeste baiano tomaram uma decisão inédita na manhã desta segunda-feira, 16 de novembro de 2015. Eles suspenderam as atividades, fecharam as prefeituras e bloquearam a BR 242 que passa no Centro de Barreiras, a maior cidade da região. Participaram 18 prefeitos, dezenas de vereadores, secretários e lideranças políticas da região Oeste.
O movimento dos prefeitos engarrafou o trânsito e chamou a atenção da população oestina. As Prefeituras permanecerão fechadas durante toda a semana. De acordo com o presidente da UMOB, União dos Municípios do Oeste Baiano, Marcelo Mariani, Prefeito de Cotegipe, a manifestação tem o objetivo de reivindicar melhorias no repasse de recursos federais e estaduais para os municípios que estão enfrentando uma situação de penúria.”Estamos sendo obrigados a administrar folha de pagamento. Não temos recursos para investimentos em obras e melhorias para os municípios. Os programas feitos em parceria com os governo federal e estadual correm risco de paralisação total uma vez que os recursos ou não são repassados ou são repassados com atraso” explicou.
O Prefeito de Buritirama, Arival Viana, disse que em 30 anos de vida pública, tendo cinco mandatos como Prefeito, nunca viu nada parecido com o que vem acontecendo agora. “Eu nunca atrasei pagamentos de funcionários e nem de servidores e agora estou sendo obrigado a fazer isso devido a escassez dos recursos. A situação é desesperadora. O Governo Federal diminui os repasses e enquanto isso a inflação sobe, os preços de produtos e serviços aumentam e nós gestores ficamos sem poder fazer nada” argumentou.”Eu estou ficando doente pois não aguento conviver com este tipo de situação. O quadro é tão grave que a gente olha e não enxerga uma luz no fim do túnel”, enfatizou sem esconder a revolta.
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A manifestação começou com uma coletiva de imprensa. Em seguida foi realizada uma caminhada da sede da UMOB até a Praça Castro Alves, no Centro de Barreiras(BA)
Fonte: Mural do Oeste