Prefeito de Jaíba volta a ser alvo da Justiça por suspeita de abuso de poder e compra de votos
O julgamento de Jimmy Murça pode resultar em cassação por suspeita de abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2024.
JAÍBA — O prefeito de Jaíba, no Norte de Minas, Jimmy Murça, volta ao centro de uma nova controvérsia política que promete movimentar o cenário local. Acusado de abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições municipais de 2024, o gestor enfrentará julgamento na próxima quinta-feira (6), na 63ª Zona Eleitoral. O processo reacende um passado conturbado que já resultou na cassação do seu mandato em 2013.
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De acordo com informações apuradas junto a fontes ligadas ao processo, o Ministério Público Eleitoral teria reunido vídeos, depoimentos e registros de supostas irregularidades cometidas durante o período de campanha, apontando distribuição de bens e vantagens a eleitores em troca de apoio político. Se confirmadas as denúncias, Murça e o vice-prefeito poderão ser afastados imediatamente dos cargos e tornar-se inelegíveis por até oito anos.
A trajetória política de Jimmy Murça é marcada por idas e vindas no poder. Em novembro de 2013, ele chegou a ser cassado pela Câmara Municipal, acusado de fraude em licitações e nepotismo, mas retornou ao cargo meses depois por decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou irregular o processo de afastamento conduzido pelos vereadores.
Na época, o caso dividiu a cidade e expôs disputas internas entre aliados e opositores, um cenário que volta a se repetir doze anos depois, agora sob o olhar atento da Justiça Eleitoral.
Julgamento decisivo
O novo julgamento promete ser um dos episódios mais tensos da política recente de Jaíba. A expectativa é de que o caso seja analisado com prioridade, diante das evidências apresentadas e do impacto que a decisão pode ter no comando do município.
Nos bastidores, o clima é de apreensão. Lideranças locais acompanham o processo com cautela, e parte da população se mobiliza para acompanhar o julgamento, que deve definir o futuro político da cidade e do atual governo municipal.
Enquanto isso, o prefeito não se manifestou publicamente sobre as acusações. Aliados próximos afirmam que a defesa prepara uma estratégia para demonstrar que as ações investigadas teriam caráter administrativo, sem relação direta com o pleito eleitoral.