Prefeito de Feira da Mata não responde requerimento da Câmara sobre não cumprimento do reajusta salarial
O vereador deixou claro que os professores reivindicam seus direitos, porém o prefeito esquece dos seus deveres que é repassar.
FEIRA DA MATA – Professores da rede municipal de ensino de Feira da Mata e representante do SINDESFEM (Sindicato dos Servidores Públicos de Feira da Mata), compareceram à Câmara Municipal na noite de terça-feira (13), esperando resposta do chefe do Executivo Valmir Rodrigues (PSD), com relação ao requerimento da Mesa Diretora da Câmara.
Os integrantes da Mesa solicitaram esclarecimentos pelo não cumprimento Lei Municipal 446/2022, no entanto, o prefeito não se manifestou sobre o assunto. A categoria reivindica o cumprimento do reajuste de 33,24% no piso nacional do magistério, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os professores esperavam resposta por parte da administração, entretanto, o prefeito não respondeu questionamentos feitos pela Mesa Diretora. A categoria saiu decepcionada da Câmara, já que o gestor falou tanto em valorizar os profissionais no período de campanha.
Veja a partir dos 48 minutos.
Na Tribuna Livre, o vereador Josenicio Macedo Pinto fez um discurso em defesa da classe, além de afirmar que desde 1990 professores não entravam em greve. “Não é falta de dinheiro não, o município tem como atender essa categoria. O dinheiro existe, o dinheiro cai na conta do FUNDEB”, disse o vereador.
O vereador deixou claro que os professores reivindicam seus direitos, porém o prefeito esquece dos seus deveres que é repassar o que é de direito. “Não é favor, é simplesmente pegar e repassar. Mas ele [prefeito] fica tentando atribuir responsabilidade a ex-prefeitos”, comentou.
Em tom irônico, o vereador afirmou que o prefeito culpa os ex-prefeitos porque dava aumento todo ano. “O prefeito disse que os ex-prefeitos deixaram os professores mal acostumou, é brincadeira!”, encerrou. Na manhã desta terça-feira, professores realizaram um ato pelas ruas do distrito de Ramalho.
A categoria paralisou as atividades desde sexta-feira, 9 de setembro, por tempo indeterminado. Os educadores só retornarão aos trabalhos quando sentar para negociar com o prefeito.