Prefeito de Cocos faz expedição no Parque Nacional Grande Sertão Veredas
A comitiva, saiu da cidade de Cocos na quarta-feira (27) e encerrou no final da tarde na cidade de Chapada Gaúcha, em Minas Gerais.
COCOS — A expedição ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas, localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Bahia, comandada pelo prefeito de Cocos, no oeste da Bahia, Marcelo Emerenciano, foi acompanhada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
A comitiva, saiu da cidade de Cocos na quarta-feira (27) e encerrou no final da tarde na cidade de Chapada Gaúcha, em Minas Gerais. No decorrer da expedição, o chefe do Executivo Coquense mostrou a nascente do Rio Itagauri, que nasce no parque, além do Rio Carinhanha começando a engatinhar.
A área do parque na Bahia contempla 150 hectares, com uma passagem de encher os olhos, além de 5 quilômetros de veredas, um verdadeiro colírio para os olhos. Durante o roteiro, a equipe mostrou passagens do Geraes, visando fomentar o turismo em um dos maiores parques do Brasil.
Ao Portal Folha do Vale, o prefeito afirmou que a paisagem é espetacular, inclusive citou serem veredas a perder de vista, rodeando cada canto que se olhe, onde vivem centenas de espécies ameaçadas de extinção como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira e o lobo-guará.
Toda essa rica biodiversidade está protegida desde 12 de abril de 1989, quando 84 mil hectares formaram o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, em Minas Gerais. Hoje, o Parque faz 30 anos e o Cerrado agradece. O ICMBio destacou a importância dos recursos hídricos e espécies medicinais do Cerrado, que ficam protegidas.
O Parque Grande Sertão Veredas foi ampliado em 2004 e passou a ter mais de 230 mil hectares, estendo-se por parte dos municípios de Chapada Gaúcha, Formoso e Arinos, em Minas Gerais e Cocos, na Bahia. Assim, é atualmente um dos maiores parques do Cerrado, garantindo, além da proteção de centenas de espécies da fauna e flora, o desenvolvimento de pesquisa científica, educação ambiental, o contato com a natureza, o desenvolvimento regional em bases sustentáveis e a preservação dos povos tradicionais, comunidades indígenas, seus saberes e cultura.
O Parque recebeu esse nome em homenagem a uma das mais importantes obras literárias brasileiras, o romance “Grande Sertão: Veredas”, escrito em 1956 por João Guimarães Rosa. No livro, o escritor mineiro retrata com extrema sensibilidade a realidade regional. Guimarães Rosa tem mesmo razão: “Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera”.