Polícia Federal realiza operação em Guanambi contra fraudes no Hospital de Juazeiro
A PF Polícia cumpriu mandados na manhã desta quinta-feira (19) em Guanambi, contra fraudes no Hospital de Juazeiro.
GUANAMBI – A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos destinados ao Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), no Norte da Bahia, na manhã desta quinta-feira (19).
Os mandados foram cumpridos nos municípios de Guanambi, Salvador, Castro Alves e Juazeiro. Cinco mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 16 de busca e apreensão foram cumpridos. A PF não divulgou os nomes dos alvos da operação em Guanambi.
Alguns mandados foram cumpridos na sede da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Batizada de “Operação Metástase”, a ação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União. O nome da operação, Metástase, faz alusão à corrupção, uma espécie de câncer que atinge a nossa sociedade.
Segundo a PF, na casa de um dos alvos dos mandados, foram encontrados mais de R$ 275 mil e US$ 1.400. Não foi divulgado o endereço onde o dinheiro foi achado, entretanto a PF afirmou que foi em Salvador.
A Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE) disse em nota, que acompanha o cumprimento do mandado de busca e apreensão na sede da Sesab, de documentos relacionados ao Hospital Regional de Juazeiro e às instituições IBDAH e APMI.
“A orientação é a de garantir o fiel cumprimento da decisão judicial, considerando que o Estado da Bahia é o maior interessado nos esclarecimentos dos fatos”, diz a nota.
De acordo com o G1, as investigações apontaram que a organização criminosa investigada fraudou licitações públicas e passou a dominar a gestão de inúmeras unidades da rede estadual de saúde, sob gestão indireta, por intermédio de diferentes Organizações Sociais de Saúde (OSS). Essas organizações são controladas por um mesmo grupo empresarial, quase sempre registrada em nome de “laranjas”.
A PF detalha ainda que essas instituições gestoras das unidades de saúde passaram a contratar empresas de fachada, ligadas ao mesmo grupo, de forma direcionada e com superfaturamento, por meio das quais os recursos públicos destinados à administração hospitalar eram escoados, sem que muitos dos serviços fossem efetivamente prestados ou os produtos fossem fornecidos.