PMDB diz ser independente e pede que Executiva discuta aliança com PT

O peemedebista destacou ainda que uma eventual ruptura com o PT não dependerá da Executiva, pois tal medida só pode ser tomada em votação na convenção nacional do partido, prevista para junho.

A bancada do PMDB na Câmara aprovou moção de solidariedade ao líder do partido na Casa, deputado Eduardo Cunha (ao centro, na foto), durante reunião nesta terça
A bancada do PMDB na Câmara aprovou moção de solidariedade ao líder do partido na Casa, deputado Eduardo Cunha (ao centro, na foto), durante reunião nesta terça

Após três horas de reunião na Câmara dos Deputados, a bancada do PMDB, um dos principais aliados da base de sustentação do governo federal, decidiu nesta terça-feira (11) que votará as matérias de forma independente e defendeu que a aliança nacional com o PT, firmada nas eleições de 2010, seja rediscutida pela Executiva Nacional do partido.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), negou, porém, que os parlamentares sejam favoráveis ao rompimento imediato da aliança, mas, sim, a uma “DR” com o PT, em referência à expressão “discutir a relação”. “A discussão aqui não é para pregação do rompimento, mas a discussão. Quando se fala em discussão, não se fala em discussão visando o rompimento somente. (…) É que nem um casal quando discute a sua relação. Ele não vai dizer que vai se separar para discutir a relação, mas você quer aprimorar o entendimento, ou não ter entendimento.”

O peemedebista destacou ainda que uma eventual ruptura com o PT não dependerá da Executiva, pois tal medida só pode ser tomada em votação na convenção nacional do partido, prevista para junho.

Cunha acrescentou que o compromisso firmado anteriormente com o governo de não se aprovar projetos de lei que tenham impacto no Orçamento está mantido. “A crise está presente. Ninguém está escondendo”, afirmou. “[Mas] O PMDB não é irresponsável.”, afirmou.

As medidas foram aprovadas por unanimidade pela bancada em uma nota oficial, que também reiterou o apoio à liderança de Cunha como interlocutor dos parlamentares e rechaçou as críticas feitas pelo presidente do PT, Rui Falcão, aos peemedebistas.

Também nesta tarde, a bancada aprovou uma moção de solidariedade a Cunha, pivô da crise com o PT. O texto critica o PT e afirma que os “ataques e agressões [a Cunha] que extrapolam o patamar da civilidade em quaisquer das relações, e particularmente das relações políticas”.

Por: Uol

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