Padre de Jacaraci é afastado das atividades suspeito de consentir abuso sexual contra adolescente
O padre não teria sido responsável por consumar o crime de estupro, mas teria facilitado para que o autor abusasse do coroinha.
JACARACI – Um padre foi suspenso das suas atividades por determinação judicial, depois de ser denunciado suspeito de consentir a prática de abuso sexual contra um adolescente de 14 anos, em Jacaraci, no sudoeste da Bahia.
O sacerdote da igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e Almas, da Diocese de Caetité, não teria sido responsável por consumar o crime de estupro, mas facilitado para que o autor, uma terceira pessoa, abusasse do coroinha.
De acordo com informações do site Sudoeste Bahia, o crime ocorreu dentro da antiga casa paroquial em Jacaraci. A medida foi divulgada no dia 30 de agosto, mas como corre em segredo de justiça o veículo de comunicação teve acesso agora.
Com a expedição da medida protetiva, o padre ficou proibido de ter acesso ou frequentar a igreja e templos religiosos ou congênere em que haja contato com crianças e adolescentes, além de ser proibido de manter contato de forma presencial ou virtual com a vítima, mantendo, em qualquer caso, distância mínima de 200 metros da vítima e proibido de manter contato de forma presencial ou virtual com os demais coroinhas da igreja.
Ainda de acordo com o site, a medida, ficou determinado que o suspeito não pode ter qualquer contato com os investigados. O site ainda apurou que consta no processo que o padre já foi afastado das atividades, permanecendo isolado em Vitória da Conquista, tendo autorização expressa da Diocese de Caetité apenas para visitar sua mãe. O Padre deve informar periodicamente a justiça de todas as atividades exercidas durante os dias.
A carta precatória estava disponível para consulta, no entanto, após contato da reportagem com os envolvidos, foi solicitado sigilo de justiça e agora se encontra indisponível. Até o momento, a Diocese de Caetité, responsável pela paroquia de Jacaraci, não pronunciou sobre o caso.
O advogado do religioso informou que “o padre sempre pautou seu sacerdócio no amor, se colocando a serviço da comunidade cristã e seguindo os ensinamentos de Cristo”.
Na nota enviada ao site, o advogado explicou que a acusação trata-se de uma calúnia e que o sacerdote segue convicto de sua inocência, aguardando a conclusão do Inquérito Policial.
“Após o inquérito, iremos acionar o Poder Judiciário em busca de reparação pelos danos sofridos”, frisou o advogado. O padre já atuou nas cidades de Candiba, Ibiassucê e Jacaraci.
A reportagem do Folha do Vale tentou ouvir José Roberto Silva Carvalho, bispo da Diocese de Caetité, mas ele não foi localizado. O espaço fica aberto para os devidos esclarecimentos.