OAB de Guanambi cria Comissão para acompanhar investigação sobre abordagem da PM que terminou com um rapaz baleado

A atitude dos militares será acompanhada por uma Comissão Provisória, que foi instituída pela Diretoria Executiva da OAB,Subseção de Guanambi.

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GUANAMBI – Nesta quarta-feira (1°), um rapaz com transtornos mentais foi baleado pela polícia no bairro Vomitamel, após não obedecer uma ordem de parada. Além disso, ele foi perseguido e teve sua casa invadida pelas autoridades. O fato aconteceu após a Polícia Militar receber um chamado informando que um homem passava constantemente na porta de uma academia e as mulheres estavam receosas.

A atitude dos militares será acompanhada por uma Comissão Provisória, que foi instituída pela Diretoria Executiva da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Guanambi (OAB/Guanambi). O jovem foi baleado no joelho e agredido pela Polícia Militar e seu pai relatou que foi expulso de dentro da casa por eles. A ação gerou revolta da população e está sendo bastante questionada.

Em documento fornecido pela OAB, eles comentaram que o acontecimento na cidade é  um “fiel recorte da realidade que vivenciamos, onde o oprimido se investe nas facetas do opressor, acreditando ser este, despindo o humano de sujeito e o encastelando como objeto. Não podemos, dentro da nossa estruturação teleológica, nos calarmos, e aceitarmos mais um, como dado estatístico, reavivando o que legitima a Democracia não são os fins, mas os meios e no caso sequer os fins restaram sedimentados na razoabilidade/proporcionalidade da técnica repressiva estatal”.

Uma das funções da comissão será orientar pai e  filho com a defesa técnica. Além disso, intervir frente à Polícia Civil, Militar e Ministério Público, para apuração dos fatos. A comissão ainda poderá promover palestras, cursos, eventos e cursos para que seja estimulada uma discussão abordando a violência policial e a superação dessa ação.

Ten. Cel. Arthur Mascarenhas, comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM), em conversa com a reportagem, ele falou que as providências e medidas administrativas serão tomadas para apuração da conduta dos seus subordinados. Além disso, ele afirmou que os policiais não agiram de acordo com o que determina a corporação.

Outra polêmica envolvendo a polícia foi a agressão ao radialista Fernando Alves, que levou um tapa de um policial à paisana. O mesmo teria derrubado o celular do profissional, que estava sendo utilizado para filmar a ocorrência. A ação gerou revolta da população. Diversos programas de rádio e emissoras cobraram uma punição para o autor, pois o abuso foi na data de comemoração do Dia da Imprensa, em 1° de junho.

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