Morte de menor em motel em Carinhanha tem contradições

Ao lado do corpo do menor de 17 anos, o delegado encontrou um cartucho de uma espingarda calibre 20, um pedaço do cabo a arma e um cabo de inchada quebrado ao meio com marca de sangue.

Após o quarto dia da morte do menor Uvaldo Rodrigues da Silva de 17 anos, (Priquitinho), na noite da última sexta-feira, 2 de novembro, numa suposta tentativa de assalto ao Motel Real Privê, na BR-030, em Carinhanha, a polícia segue investigando o crime que tem versões diferentes. Prequitinho foi morto, pelo vigia do estabelecimento,quando segundo o proprietário,o vereador eleito e radialista Júnio Souza Guedes, Júnio Guedes (PSDB), informou que seu funcionário Manoel, foi surpreendido por quatro homens, que pularam o muro do estabelecimento e teriam anunciado o assalto. Nisso eles teria entrado em luta corporal e Manoel levou a melhor e acabou disparando contra a vítima, mas a versão do proprietário segundo a polícia não bate.

De acordo com o delegado Dr.Valfredo,quando ele chegou ao motel para fazer o levantamento cadavérico,não encontrou a suposta arma usada pelo autor do assalto. Segundo Valfredo, se na verdade existiam mais três homens, por que os demais não reagiram. Outro ponto que esta sendo investigado, é que Prequitinho não usou mascara ou algo para adentrar no recinto.

Ao lado do corpo do menor de 17 anos, o delegado encontrou um  cartucho de uma espingarda calibre 20, um pedaço do cabo a arma e um cabo de inchada quebrado ao meio com marca de sangue. Além do tiro, foram encontradas marcas que não foi de arma de fogo na testa e ao lado da axila do menor.

Em conversa com a nossa reportagem, Dr.Vafredo disse que o estabelecimento funciona de forma irregular. De acordo com ele, não existe um controle de quem entra e quem sai. “Fiquei observado os recibos quem entra e notei que as pessoas não são identificadas, não tem sistema de filmagem e o pior, não encontramos CNPJ da empresa nos recibos emitidos”, disse.

A Polícia Civil vai ouvir ainda essa semana, os proprietários Júnio Guedes, sua esposa Cacilda Costa, sua cunhada Jairane e seu namorado neto, além de Manoel que deve se apresentar a polícia.

Júnio e Gilberto terão que explicar para polícia, sobre as agressões e as ameaças de morte. Código penal deixa claro que ameaças e agressões são crimes.

Redação www folhadovale.net

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