Malhada: “Professores não estão preparados para lecionar”, dizem alunos
Maristela informou que foi aberta uma exceção para alguns contratos devido à falta de profissionais com nível superior, mas esses mesmos se comprometeram a prestarem vestibulares na UNEB-Universidade do Estado da Bahia ou UNB-Universidade de Brasília, até junho. Caso isso não acontece os contratos serão reincididos.
Alunos dos quatro cantos do município de Malhada, no sudoeste da Bahia, entraram em contato com a redação do portal Folha do Vale para denunciar professores que eles classificam sem condições alguma para está numa sala de aula lecionando. Segundo os alunos, os professores que estão sendo contratados são recém-formados no ensino médio e não estão prontos para exercer disciplina de peso como: Português e Matemática.
Para os alunos, o problema não é só na sede, mas também se estende as comunidades do interior. “Tem uma professora na Serra de João Alves, que ao invés dela ensinar os alunos, são eles que ensinam ela”, afirma uma aluna.
Segundo dados, no país eles representam apenas 7,7% dos docentes que atuam hoje nas escolas brasileiras. Os especialistas afirmam que as estatísticas são chocantes, porque, após a chamada “Década da Educação” iniciada com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996, a quantidade de profissionais sem qualificação necessária para dar aulas não diminuiu e, sim, cresceu.
Em 2007, eles eram 6,3% do total de professores da educação básica. O primeiro censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para traçar o perfil desses docentes, divulgado no ano passado, mas feito com dados de 2007, revelou que 15.982 dos profissionais sem formação ideal tinham apenas o diploma do ensino fundamental. Em 2009, a mesma categoria de docentes caiu para 12.480.
Segundo a Secretária da Educação do município de Malhada, Maristela foi aberta uma exceção para alguns contratos devido à falta de profissionais com nível superior, mas esses mesmos se comprometeram a prestarem vestibulares na UNEB-Universidade do Estado da Bahia ou UNB-Universidade de Brasília, até junho. Caso isso não acontece os contratos serão reincididos.
Alunos do Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, na sede também denunciam a mesma pratica. Segundo Maristela, a instituição é estadual e somente a diretora para comentar o assunto. A diretora não foi encontrada pela nossa reportagem, mas o espaço está aberto para os devidos esclarecimentos.
O presidente do SISPUMMA-Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Malhada, Manoel Olivand Pereira, a instituição está atenta e vai averiguar a denúncia.
Redação www folhadovale.net