Justiça de São Paulo manda soltar riachenses presos por roubo

Os amigos riachenses ficaram 32 dias presos acusados de roubar um aparelho de celular no dia 29 de junho. A dupla foi presa sem provas, já que o depoimento da vítima era contraditório.

SÃO PAULO – A Justiça soltou na última quarta-feira (8) os amigos Ronaldo Nogueirade 21 anos, e Rodrigo Santana, 25, após 32 dias presos em São Paulo sem provas. Os amigos estavam presos no Centro de Detenção Provisória do Belém, na Zona Leste de São Paulo.

Os amigos ficaram 32 dias presos em São Paulo. Foto: reprodução Agência Sertão.

Os dois foram presos no dia 8 de agosto, enquanto comiam em uma pizzaria da capital paulista. Nascidos em Riacho de Santana, na região Sudoeste do Estado, os amigos foram presos acusados de roubar um celular, em São Paulo, onde moram e trabalham como pedreiros na reforma de um prédio residencial desde março.

De acordo com os advogados contratados pela família, na semana passada eles se reuniram com a magistrada em uma audiência de custódia, momento em que novas provas foram analisadas, informou o site Agência Sertão. A juíza decidiu pela liberdade dos amigos no mesmo dia.

Ainda de acordo com os advogados, mesmo em liberdade, os amigos continuarão respondendo o processo. “Vamos pedir a exclusão definitiva do processo de Ronaldo e Rodrigo, temos outra audiência agendada para 21 de setembro”, comentou um advogado.

A vítima foi assaltada no dia 29 de junho por uma dupla de moto. Ao ver os dois amigos em uma pizzaria no dia 8, a vítima ligou para a polícia e disse que os autores do assalto estavam na pizzaria, e desde então eles permanecem encarcerados.

 A prisão dos riachenses ganhou destaque no programa Balanço Geral, na Record TV. A reportagem apurou que o próprio depoimento da vítima destacava que os assaltantes não tinham barba, no entanto, os jovens aparecem em imagens usando barba no dia do roubo e também no dia da prisão.

Uma série de testemunhas e imagens de câmeras de segurança indica que os jovens não são os assaltantes. Colegas de trabalho relatam que eles não saíram do alojamento da obra no dia do assalto. Eles se juntaram para pagar um advogado para tirar os dois da cadeia.

Ronaldo é morador da comunidade de Caraibas, enquanto Rodrigo é da Várzea da Onça, na zona rural de Riacho de Santana.

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