Jovem conta como mudou hábitos após sofrer AVC e relação de estresse com games
Guilherme mudou hábitos após sofrer AVC e ter relação de estresse com games, aos 19 anos.
Passar mais de 15 horas jogando na frente do computador ou celular pode ser fascinante no início, mas o jovem Guilherme Nogueira, de 23 anos, alerta para o perigo. Há quatro anos ele sofreu um AVC (acidente Vascular cerebral), enquanto jogava e precisou de nove meses para se recuperar.
Em entrevista ao Uol, Guilherme contou que começou jogar videogame com 10 anos,mas acabou perdendo o controle. Ele disse que sua rotina era chegar da escola e se trancar no quarto, ali ele passava cerca de 15 horas. Nas férias seu tempo era ocupado com esta atividade, isso durou até os 19 anos, quando ele sofreu o AVC.
De acordo relata Guilherme ao Uol, em um sábado de novembro de 2016, ele acordou tarde, comeu rápido um pouco de macarrão e foi direto para o computador. “Eu disputava um jogo muito competitivo e estava com os nervos à flor da pele. Do nada, comecei a sentir um pouco de dor de cabeça, mas já estava acostumado a ter isso durante as sessões. Só que daquela vez, ela veio muito forte e nem com remédio passou. Também comi um pouco de sal, pois achei que estivesse com a pressão baixa. Até que senti um estouro na cabeça, uma pulsação”, disse ele.
Segundo narrou Guilherme ao Uol, ele foi socorrido pelo irmão mais velho e encaminhado para uma unidade de saúde,onde descobriram que ele havia tido um AVC isquêmico e que o lado direito do corpo estava completamente paralisado. Os médicos desentupiram a artéria obstruída com um cateter.
“Fiquei três dias na UTI. Depois, passei um mês internado, fazendo fisioterapia e fonoterapia, até ser liberado para ir para casa, onde segui com o tratamento por mais oito meses, até recuperar por completo a fala e os movimentos. Cheguei a trancar um semestre da faculdade de sistemas da informação”, comentou.
Antes de encerrar a entrevista ao Uol, ele admitiu que tinha uma relação sem controle na adolescência, o que fez ele deixar de ter uma vida social. Ele contou que depois do AVC passou a ver a vida de outra forma, inclusive tem um canal You Tube e produz conteúdos para alertar sobre os riscos.