Hospital de Carinhanha vai investigar divulgação de imagem de paciente internado
“Nenhum funcionário foi identificado como sendo autor das imagens, mas se foi funcionário será punido”, disse Brito
O Hospital Maria Pereira (Dona Quina), vai abrir um procedimento para investigar se uma foto de um paciente que foi veiculada sem redes sociais e aplicativos de compartilhamento de imagens em telefones celulares foi tirada por funcionários da unidade. A imagem, que seria do aposentado Rosalvo Antônio de Azevedo, de 67 anos, internado após ser assaltado e espancado na comunidade de Vila São João (Feirinha do Entrocamneto), zona rural de Carinhanha, na madrugada de sábado, 5 de maio.
Conforme o secretário Municipal de Saúde Avalcir Brito, ele vai apurar se a imagem foi tirada por algum funcionário e posteriormente compartilhou em algum aplicativo. “Nenhum funcionário foi identificado como sendo autor das imagens, mas se foi funcionário será punido”, disse Brito.
Violação
Se a foto tiver sido feita dentro das dependências do Hospital Maria Pereira Costa, a atitude poder ser qualificada como violação de sigilo profissional, além de crime contra a honra do paciente. É o que explica a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA), Luanna Tomaz: “Dependendo de quem tirou a foto, pode ser violação de sigilo profissional, crime contra a honra, utilizar a imagem de forma devida, dentre outros. Claramente quem tirou a foto, se foi algum profissional do hospital ou policial, violou o código de ética profissional, e pode até ser exonerado, suspenso ou advertido”, completa.
Um advogado ouvido pelo portal esclarece que, em casos como este, os responsáveis pela divulgação inapropriada podem ser acionados legalmente. “A ação judicial vale para quem tirou e quem divulgou, no caso, as pessoas que compartilharam esse tipo de foto [nas redes sociais]. A família pode mover uma ação cível contra a pessoa [que tirou a foto] pela forma que ele [o aposentado] foi exposto, mas depende de como a foto foi obtida. Se foi dentro do hospital, existe uma questão ética. Dentro do hospital, a preservação do paciente é o principal, e cabe sim até mesmo uma indenização”, garante.
Redação www folhadovale.net
