Encontro de paredões tira o sossego de idosos, crianças e acamados no distrito do Julião, em Malhada
O encontro começou no início da tarde e só encerrou por volta das 21h30, após os policiais do 4º Pelotão da 38ª CIPM serem acionados.

MALHADA – Familiares de idosos, acamados e crianças, residentes na Praça do Comércio, no distrito do Julião, em Malhada, na região sudoeste da Bahia, reclamaram de um encontro de paredões na tarde de sábado (21), primeiro dia dos festejos de São João.
O encontro começou no início da tarde e só encerrou por volta das 21h30, após os policiais do 4º Pelotão da 38ª CIPM serem acionados. Um idoso relatou à Folha do Vale que o barulho era tão insuportável que ninguém conseguia dialogar no interior da residência.
Conforme os idosos, eram dois paredões potentes ligados em alto volume, mas tinha paredões menores que auxiliavam na tal festa dos blocos. “Perturbaram o sossego de idosos, crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e trabalhadores que não conseguem descansar”, lamentou outro morador.
Na visão de outro morador, colocaram na cabeça que paredão é cultura. Ele lembra que os participantes cometem crime e ainda se colocam como vítimas, quando dizem que estão sendo perseguidos.
Em resposta à Folha do Vale, o município respondeu que houve uma autorização para o funcionamento até as 19h. Nesse horário, os participantes teriam que respeitar a legislação. O encontro deve ocorrer neste domingo (22), sendo mais um dia de transtorno para quem reside na praça.
A legislação brasileira estabelece limites específicos de decibéis que variam conforme o período do dia, visando proteger os cidadãos do excesso de barulho. Durante o dia, o limite de ruído permitido em áreas residenciais é geralmente de 55 decibéis. À noite, esse limite cai para 50 decibéis, garantindo o descanso adequado dos moradores.
Os paredões de som são equipamentos de alta potência sonora adaptados a carros e chegam a atingir 10.000 W de potência e até 100 decibéis de intensidade sonora.