Dificuldade leva família a trabalhar sem nenhuma proteção em Lixão de Carinhanha

O dia começa cedo uma de tantas outras famílias de catadores de lixo mantido pela Prefeitura de Carinhanha, no oeste da Bahia, cerca de 2 km do perímetro urbano. Logo no início da manhã eles começam a chegar ao local, onde são depositados resíduos sólidos produzidos no centro urbano de Carinhanha.

Algumas famílias exercem a atividade há bastante tempo. É o caso de uma família que pediu para não citar seu nome, mas que sobrevive no “lixão”junto com seus três filhos e o esposo. Ela afirmou que o dinheiro conseguido na coleta do material reciclável não é suficiente para o sustento dela e da sua família durante todo esse tempo.

De acordo com a mesma, ela chega a faturar R$ 300,00 por mês trabalhando cerca de 5 a 6 horas. Outro problema é que ela não usa nenhuma luva e fica vulnerável a várias doenças. Questionada se as crianças trabalhavam no lixão, a mesma disse que os filhos brincam enquanto ela e o esposo separam o lixo, más bastou nossa equipe se ausentar flagramos as crianças sem nenhuma proteção ajudando a mãe.

O “lixão” é fonte de renda para muitas das famílias ”, que vendem o material reciclável, como plástico, papel, ferro, cobre e alumínio.

Durante a realização da reportagem, o portal Folha do Vale presenciou uma realidade á parte, vivida pelos catadores de lixo da cidade. A legalização dos trabalhadores esbarra na falta de uma política pública objetivando o tratamento adequado dos resíduos.
Além disso, o material é vendido a preço muito abaixo da média para cooperativa. Muitas famílias escolhem o lixão como local de trabalho após perderem seus empregos. Dessa maneira, os catadores são unânimes em afirmar que a medida correta não seria a retirada das famílias do local. Assim, acredita-se que uma política de remanejamento para outros postos seja uma solução viável.

Redação www folhadovale.net