Deputada Ivana Bastos registra B.O após ser acusada de retirada ilegal de madeira
Deputada rebate denúncia e registra ocorrência policial: "Vídeo mentiroso e apócrifo", declara a parlamentar. Ivana declara que em seu plano de governo luta em defesa de direitos para moradores de comunidades rurais.
MALHADA – A deputada estadual Ivana Bastos (PSD) registrou um boletim de ocorrência contra um vídeo que circula em aplicativos de mensagens, na qual ela e familiares são acusados de envolvimento na retirada ilegal de madeira na região da Parateca, no município de Malhada.
No vídeo, quilombolas de Parateca e Pau D’Arco, zona rural de Malhada, acusam a deputada estadual, Ivana Bastos (PSD), de exploração de madeira de lei de forma ilegal em uma área de 10,6 mil hectares demarcada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) destinada à população remanescente de quilombos da localidade.
Rapidamente o vídeo se espalhou pela rede. Nele, alguns moradores da comunidade acusam a deputada e seus familiares de cometerem crime ambiental. O responsável pelo vídeo, afirma que tanto a deputada quanto seus familiares, são os responsáveis pela invasão da terra e pela retirada da madeira do local.
O presidente do PSOL de Caetité, Wanderson Pimenta, chegou a compartilhar o vídeo nas redes sociais.
A demarcação das áreas remanescentes quilombolas de Parateca e Pau D’Arco foi feita no ano de 2006, após conflitos fundiários de moradores com fazendeiros da região.
De acordo com a Fundação Cultural Palmares, os moradores, representados pela Associação Agro-extrativista das Comunidades de Pau d’Arco e Parateca registram permanência na área desde ao início do séc. XVIII. À época da demarcação, 400 famílias viviam da pesca nas lagoas, além da agricultura e pecuária de subsistência.
Em nota, a deputada Ivana Bastos disse que nem ela nem os familiares têm relação com a exploração, comercialização, retirada legal ou ilegal de madeira na região da Parateca.
“Um vídeo mentiroso e apócrifo, sem autoria até agora identificada, foi espalhado em grupos de WhatsApp, apropriado por outros agentes de caráter duvidoso e já em parte identificados, e vem sendo compartilhado nas redes sociais e sites como se a fake news fosse uma acusação ou denúncia contra a deputada”, diz nota encaminhada pela assessoria da parlamentar.
A deputada quer punir civil e criminalmente os identificados como reprodutores e compartilhadores do material.
Além de registrar a ocorrência na Polícia Civil em Guanambi, Ivana informou que se reunirá com a Coordenação do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos, setor ligado à Polinter da Secretaria de Segurança Pública, para pedir a identificação dos autores do vídeo.
“Estou extremamente revoltada com essa situação. É triste saber que quando se aproxima das eleições, pessoas ruins começam a construir narrativas falsas para manchar a reputação de quem trabalha”, declarou.
Nota pública de esclarecimento emitida pela deputada
Fake news como essas me entristecem, mas não são capazes de me fazer parar de trabalhar pelas comunidades rurais.
Quem acredita que com fake news vai conseguir frear a minha missão de batalhar em favor dos menos favorecidos está enganado.
Tenho uma trajetória marcada pelo trabalho, pela luta em prol de mais qualidade de vida para os homens e as mulheres do campo, as comunidades quilombolas, assentamentos, associações e minorias.
Sou representante de cada morador dessas comunidades na Assembleia Legislativa da Bahia e foco a minha atuação em garantir mais benefícios para a população, especialmente para a região da Parateca, local em que já entregamos escola, sistema de abastecimento de água, pavimentações, energia elétrica, dentre outros investimentos.
Fake news e armações devem ser banidas, pois nada tenho a ver, nem os meus familiares, com exploração, comercialização, retirada legal ou ilegal de madeira na região da Parateca. Os de boa fé que ali habitam sabem bem disso. Mensagens falsas não nos abalam, pois a verdade sempre vai prevalecer.
Fake news como esta nós sabemos que são feitas por pessoas de mal caráter e corvardes, por que não tem coragem de assinar em baixo.
Sigo de cabeça erguida e na certeza de que estou no caminho certo, trabalhando pelas comunidades.
DEPUTADA IVANA BASTOS