Aluno de 14 anos é proibido de assistir aula há mais de 30 dias em Carinhanha
Ao portal Folha do Vale, o pai do menor identificado por Edvaldo, informou que a direção da escola alegou que o menor foi expulso por ser indisciplinado. “Ele foi transferido para outra escola, que a direção também não aceitou”, disse o pai.
Um aluno de 14 anos de idade, residente no conjunto Habitacional Pequizeiro, em Carinhanha, no oeste da Bahia, está impedido de frequentar a sala de aula á mais de um mês. Segundo o pai do aluno, seu filho é matriculado na escola municipal Didinha Jovem.
Ao portal Folha do Vale, o pai do menor identificado por Edvaldo, informou que a direção da escola alegou que o menor foi expulso por ser indisciplinado. “Ele foi transferido para outra escola, que a direção também não aceitou”, disse o pai.
De acordo com o diretor Moraes da escola Professora Alice Sales, não houve expulsão do menor de escola que ele administra. “O menino é muito indisciplinado, em dois dias tocou terror no Alice e ainda desrespeitou professores, alunos e eu. Como ele não era matriculado aqui foi dito ao pai que ele retornasse a mesma instituição”, disse Moraes.
Em resposta a este portal, o secretário de Educação Genivaldo dos Santos, informou que tem conhecimento da situação, mas aguarda o posicionamento do Conselho Tutelar. “A criança não pode ficar fora da escola, mas também não podemos comprometer os alunos”, disse Genivaldo.
A equipe do portal Folha do Vale falou com Odirlei,um dos conselheiros tutelares. O mesmo disse que não tinha conhecimento do caso, mas iria consultar os colegas responsáveis pelo caso.
Recentemente o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, anulou uma decisão de transferência compulsória de um aluno, feita pelo conselho escolar de uma unidade de ensino da rede estadual paulista. A Justiça optou-se pela solução mais cômoda, sem atentar para as necessidades sociais e psicológicas do estudante, que se mostrou de difícil convivência. É citado ainda que ele mora com o pai – viúvo, trabalhador boia-fria.
O caso do aluno de Carinhanha tem as mesmas características, já que o pai é viúvo e trabalha como Mototaxi.Para um advogado, a transferência compulsória se tornou uma expressão dissimulada para a expulsão de alunos, em geral, sem que a escola busque alternativas pedagógicas e apoio de outros órgãos para resolver a situação.
Redação www folhadovale.net
