Ações do Dia da Consciência Negra iniciam em Caetité
Esse é o primeiro capítulo de uma série especial sobre o #NovembroNegro, que debaterá sobre o racismo em Caetité .
CAETITÉ – Na última quarta-feira (17), o primeiro capítulo de uma série especial sobre o #NovembroNegro, debateu sobre o racismo com o tema – ‘o que é ser negro?’.
A roda de conversa conta com representantes de várias idades e diferentes profissões. A professora Letícia Rodrigues, coordenadora da rede municipal de educação de Caetité, na ocasião, contou como descobriu que era negra, seus medos e desafios.
“A gente sabe que consciência negra não se trata só em novembro. O negro sofre de janeiro a janeiro”, frisou ela no início do discurso. “Só quem pode falar do negro, é o próprio negro. Só ele sabe falar de suas vivências e sobrevivência (…). A gente nasce negro, mas a gente não sabe o que é. A gente descobre!”, completou.
Rodrigues explicou que descobriu ‘ser negra’ em casa, com a sua mãe – “Minha mãe disse: Negro não pode sair desarrumado, descabelado e descuidado. Pode ser confundido com bandido”. Ela lembrou ainda que sempre teve vontade de sair igual suas amigas e não precisar se preocupar com a aparência, no entanto, sua mãe nunca deixou.
Na roda de conversa, outras pessoas participaram e relatam episódio de racismo. “Quando passava em uma rua, tinha um vizinho que sempre falava: – ‘Lá vem a negra’. A gente mudava o percurso para não encontrar com ele e se sentir inferior”, afirmou uma participante da roda de conversa, professora Dalcimar.
Segundo a organização, até o próximo sábado (20), todos os dias terão diálogos e roda de conversa. Nesta quinta-feira (18), o Programa EducAtiva discutirá e temática
O Dia da Consciência Negra é comemorando em 20 de novembro. A data foi oficializada por uma lei de 2011 e é inclusive feriado em alguns estados e cidades. Ela foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse dia, em 1695.