Acampamento Alto da Bela Vista completa 16 anos sem esperança em Malhada

Em 2011, técnicos do INCRA estiveram no acampamento com a promessa de legalizar esses acampados em 2014, três anos depois nada aconteceu.

MALHADA — Mais de 100 famílias sem-terra que vivem no acampamento Alto da Bela Vista, desde 2007, no entorno do Distrito do Julião, em Malhada, no sudoeste da Bahia, estão à espera de uma boa notícia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A esperança de ser assentada resiste, apesar das dificuldades na liberação das terras. Nesse acampamento, em especial, os sem-terra estão há 16 anos. Em 2011, técnicos do INCRA estiveram no acampamento para fazer levantamento dos acampamentos, com a promessa de legalizar esses acampados em 2014, três anos depois nada aconteceu.

Desde a promessa da legalização da área pertencente ao pecuarista Pedro Moraes, já se passaram quase 9 anos. Enquanto essas terras não são liberadas, muitas famílias permanecem no local com a esperança de um dia ter um pedaço de terra para cultivar o milho, feijão e até criar uma cabeça de gado.

Quem resiste os dias turbulentos do acampamento acredita que tudo vai da certo, mas confessa que tem pouca esperança. “Sou aposentado e fico aqui para distrair um pouco, aqui é bem sossegado para a gente ficar. Aqui já vi de tudo, inclusive exploradores que pedem dinheiro dizendo que entregará essas terras”, comenta um senhor.

Conforme apurou o Portal Folha do Vale, essa área ocupadas pelos acampados às margens na estrada vicinal Julião/Parateca não pertence ao fazendeiro Pedro Moraes, mas sim ao Município, como foi confirmado em 2012, em decisão judicial.

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