Moradores de Montalvânia e Côcos, na Bahia, ameaçam atear fogo em ponte de madeira sobre rio Carinhanha na divisa dos dois Estados
Cansados de esperar por providências do Governo Federal e do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, eles querem levar ao extremo a indignação com as péssimas condições de conservação da ponte, situada na localidade de Pitarana, zona rural de Montalvânia.
Moradores dos municípios Montalvânia, em Minas Gerais, e de Cocos, na Bahia, ameaçam atear fogo e pôr abaixo uma ponte de madeira sobre rio Carinhanha, que divide os dois Estados.
Cansados de esperar por providências do Governo Federal e do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, eles querem levar ao extremo a indignação com as péssimas condições de conservação da ponte, situada na localidade de Pitarana, zona rural de Montalvânia.
Segundo os moradores, na situação em que a ponte se encontra, ela está colocando em risco a animai, pessoas e veículos que precisam atravessá-la.
O problema da ponte em Pitarana já foi debatido diversas vezes na Câmara Municipal de Montalvânia. Para o vereador Gildenes Justiniano Silva (PTB), presidente da Câmara, as precárias condições da ponte são reflexo do descaso e da omissão das autoridades federais e estaduais com a região do extremo Norte de Minas.
O vereador Antônio Humberbete Macedo de Lima (PR), o Tita, afirma que a revolta dos moradores com a situação da ponte chegou ao limite. Numa das sessões da Câmara, Tita alertou seus colegas vereadores de que se não forem tomadas providências urgentes e novas tentativas de atear fogo à ponte forem realizadas, os moradores poderão atingir o objetivo de coloca-la abaixo.
Para os moradores, destruir a ponte, para torná-la imprestável e interromper definitivamente o trânsito de veículos entre Minas Gerais e Bahia por aquele acesso é a única forma de forçar o DNIT e o Governo Federal a tomarem providências.
Construída há décadas, a velha ponte de madeira de Pitarana está em situação precária. As tábuas do piso se soltam com facilidade sob o enorme peso de carretas e caminhões que transportam gado para frigoríficos e carvão vegetal para siderúrgicas.
Não existe nenhum policiamento ou serviço de balança para controlar o peso excessivo dos veículos que passam sobre a ponte. Seus corrimãos estão quebrados em vários locais há buracos no piso que levam perigo às crianças que atravessam a ponte para estudar em Pitarana.
A pouca distância da ponte de madeira, no curso da BR-135, o Governo Federal construiu uma ponte de concreto, de 100 metros de extensão, sobre o rio Carinhanha. Atualmente esta ponte liga nada a lugar nenhum, o que revolta ainda mais os moradores e motoristas que fazem o trajeto entre Minas e Bahia pela rodovia federal.
Do lado baiano da ponte de concreto, há uma propriedade rural com área irrigada por pivô central, que o Governo Federal insiste em não desapropriar e em não indenizar as quase trinta famílias que cultivam no lugar.
O impasse em torno da desapropriação ou indenização já gerou situações de conflito. Lavradores escorraçaram técnicos de uma empresa que foram ao local realizar trabalhos de topografia e agrimensura.
As famílias de agricultores do local garantem que não vão deixar terminar a obra da cabeceira do lado baiano da ponte, enquanto não forem indenizadas. Elas alegam que o único trajeto possível de continuação da estrada após a ponte, no sentido da Bahia, eliminaria parte considerável da área agricultável sob o pivô central, de onde tiram o sustento.
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Por: blogdofabiooliva