Câmara de Guanambi concede Moção de Aplauso ao juiz crítico da Lava Jato
A homenagem foi proposta pelo vereador Paulo Costa, justificando que o magistrado tem se destacado nacionalmente por sua atuação.

GUANAMBI — O juiz federal Edevaldo de Medeiros é homenageado com Moção de Aplauso da Câmara Municipal de Vereadores de Guanambi, na região sudoeste da Bahia. A homenagem foi aprovada na noite de segunda-feira (30), durante a sessão ordinária.
O Portal Folha do Vale está nos Canais do WhatsApp; veja como participar. Pelo nosso canal você recebe notícias atualizadas de hora em hora.
A homenagem foi proposta pelo vereador Paulo Costa (PCdoB), justificando que o magistrado tem se destacado nacionalmente por sua atuação profundamente comprometida com os princípios da Justiça e da legalidade.
Costa afirma que, em sua trajetória como magistrado, Medeiros demonstrou coragem ao se posicionar de forma crítica frente a distorções processuais praticadas no contexto da operação Lava Jato, fato que gerou reações contrárias de setores do sistema de justiça, resultando inclusive em tentativas de punição sem fundamentos sólidos.

“Diversas entidades jurídicas e democráticas, juristas, movimentos sociais e instituições se manifestaram em apoio e solidariedade ao juiz, reconhecendo nele um exemplo de magistrado comprometido com a imparcialidade, a dignidade da função pública e os direitos fundamentais”, diz um trecho da justificativa.
Conforme Paulo Costa, embora nascido em Itapecerica da Serra, na Região metropolitana da Capital, Edevaldo possui raízes familiares em Guanambi, terra natal de seu pai, Osvaldino Pereira da Silva (in memoriam). A maioria de seus familiares paternos reside em Guanambi, o que reforça o vínculo afetivo e simbólico entre o magistrado e o município, motivo de ainda maior orgulho para o povo guanambiense.
“Neste sentido, a Câmara Municipal de Guanambi manifesta, por meio desta Moção, aplauso público ao juiz Edevaldo de Medeiros Silva, por representar, com altivez e serenidade, a resistência ética e democrática em tempos desafiadores para a Justiça brasileira”, encerra a nota.
Membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), passou a ser alvo da corregedoria da Justiçaapós visitar o presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) durante sua prisão na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), em março de 2019.