Vereador mais votado de Tanque Novo é investigado pelo Ministério Público Eleitoral por compra de votos

Cleiton foi candidato pela base do prefeito eleito e obteve 1.346 votos, sendo o vereador mais votado no pleito de outubro.

Cleiton Vieira. Foto: reprodução
Cleiton Vieira. Foto: reprodução

TANQUE NOVO – A pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), através do Promotor da 168ª Zona Eleitoral, Jaílson Trindade Neves, a Polícia Civil de Tanque Novo, na região sudoeste da Bahia, instaurou em outubro deste ano, inquérito policial nº 61056/2024 para apurar graves denúncias contra o vereador Cleiton Vieira (PP), por compra de votos.

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Cleiton foi candidato pela base do prefeito eleito e obteve 1.346 votos, sendo o vereador mais votado no pleito de outubro. De acordo o inquérito, além de Cleiton, a denúncia envolve o apoiador Adailton Lopes Cardoso, também conhecido como “Dr. Russinha”, ex-presidente da Câmara de Vereadores e atual secretário de Assistência Social.

A investigação de suposta compra de votos, iniciou através de denúncia de populares, realizadas junto ao Núcleo de Apoio às Promotorias de Justiça Eleitorais (NUEL), com sede em Salvador.

A nossa reportagem teve acesso a íntegra da investigação feita pela Polícia Civil, que anexou farto material, como áudios, prints de conversas de WhatsApp e extratos de transferências PIX para eleitores de Tanque Novo, utilizando uma empresa atacadista, cujo o vereador é sócio administrador.

Ao serem intimadas para prestar depoimentos, as eleitoras confirmaram o recebimento de vantagens financeiras em troca de votos. O inquérito concluído foi remetido para o MPE, que poderá arquivar ou oferecer denúncia com base nas provas anexadas.

Em caso de denúncia e condenação do vereador Cleiton Vieira, pode resultar na cassação do mandato ou do registro de candidatura, além de torná-lo inelegível.

OUTRO LADO – No inquérito, a defesa dos investigados argumentou que os pagamentos PIX via empresa atacadista, não tinham relação com o período eleitoral, e que não há provas conclusivas de que as quantias transferidas tinham como objetivo influenciar o voto dos eleitores e que não há comprovação de que as transferências foram feitas em troca de votos, além da falta de evidências de que a suposta “ajuda” prometida tenha sido condicionada ao apoio político.

Além disso, a defesa enfatiza que a relação entre Cleiton, Adailton e os eleitores era, na verdade, de assistência comunitária, e não um esquema de compra de votos.

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