Polícia Civil conclui investigação de perfil falso em Brumado
O inquérito foi concluído enviado ao Ministério Público (MP), conforme o delegado titular Paulo Henrique de Oliveira.
BRUMADO – Um inquérito da Polícia Civil da Bahia que investigava um homem que criou perfil falso foi concluído na última quarta-feira (25), pela Delegacia Territorial de Brumado.
A investigação apurou as circunstâncias em que um homem criou, inicialmente, um perfil falso no Instagram com imagens verdadeiras de uma mulher moradora de Brumado, inclusive chegou a marcar encontros amorosos indicando o endereço da vítima.
O inquérito foi concluído enviado ao Ministério Público (MP), conforme o delegado titular Paulo Henrique de Oliveira. Iniciadas as investigações em 12 de abril, sendo que no dia 11 de maio foi deflagrada a “Operação Fementido” (significa enganoso, falso), tendo sido cumprido mandado de busca com a apreensão do celular do suspeito utilizado para praticar os crimes.
Após detida análise do aparelho e identificação do autor, constatou-se que ele mantinha vários e-mails para administrar no mínimo 04 contas “fakes” no Instagram e Facebook, nas quais usava fotos verdadeiras de outros homens ou mulheres, tendo sido identificada uma segunda vítima do sexo feminino que inclusive é parente por afinidade do criminoso.
O investigado agia da seguinte forma: comentava stories de pessoas que ele seguia fazendo-lhes vários elogios. Após isso ou depois de pouca conversa, tentava conseguir alguma foto íntima daquela pessoa, até mesmo de seu(sua) parente. Para ganhar confiança, enviava fotos sensuais de terceiros e de uma das vítimas. Ao menos duas destas imagens continham cenas de nudez, tendo sido constatado que ele as conseguiu mediante invasão de dispositivo informático. Restou comprovado que, já no início de 2021, o celular apreendido tentou “hackear” uma das contas do Instagram da vítima.
O teor das conversas era de linguajar impróprio, obsceno e explícito, no qual solicitava fotos dos órgãos sexuais de ambos sexos para satisfação da própria lasciva, o que acabava imputando fatos ofensivos às reputações das vítimas (difamação).
Por questão de segurança, a Autoridade Policial representou por medidas cautelares diversas da prisão que obriguem o investigado não entrar em contato e nem se aproximar da vítima.
Diante dos elementos colhidos no curso do inquérito, a Polícia Judiciária o indiciou pela prática dos crimes de: a) Invasão de dispositivo informático; b) Falsa identidade por 04 vezes; c) Divulgação de cena de nudez; e d) Difamação qualificada por 02 vezes.