Após mais de 7h, sequestrador se entrega e liberta refém em hotel no DF

O refém deixou o hotel em um carro de polícia e passou despercebido por hóspedes e curiosos que acompanhavam o caso na rua em frente. Segundo a polícia, o funcionário foi direto para casa acompanhado da esposa. Ele estava calmo e não precisou de atendimento médico.

O sequestrador que invadiu o hotel Saint Peter no centro de Brasília e manteve um funcionário como refém por mais de sete horas se entregou às 16h desta segunda-feira (29), segundo a polícia. O autor foi levado à 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

O refém deixou o hotel em um carro de polícia e passou despercebido por hóspedes e curiosos que acompanhavam o caso na rua em frente. Segundo a polícia, o funcionário foi direto para casa acompanhado da esposa. Ele estava calmo e não precisou de atendimento médico.

Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoava o hotel no momento em que as negociações terminaram. Segundo o delegado Paulo Henrique Almeida, o homem teria solicitado uma bandeira do Brasil para usar sobre os ombros no momento da rendição, mas se entregou com medo de ser alvejado pelos policiais. “Ele percebeu que a única saída era a rendição. Graças a Deus a vítima está bem.”

O homem pode ser indiciado por cárcere privado, cuja pena é de um a três anos de reclusão. Dependendo do resultado da perícia, ele pode ser indiciado por outros crimes – se a suposta dinamite no colete do mensageiro do hotel forem verdadeiros, por exemplo, ele vai responder por posse de material explosivo, cuja pena vai de três anos a seis anos de prisão.

Minutos antes de se entregar, o homem apareceu na sacada do prédio com um dos punhos unido por algemas ao braço do refém. O funcionário já aparecia sem o colete com suposta carga de dinamite, que havia sido amarrado ao refém ainda no início da manhã. A esposa do refém e uma madrinha do sequestrador acompanhavam as negociações no espaço em frente à entrada do hotel.

Atiradores de elite da Polícia Civil foram posicionados em áreas estratégicas no início da tarde e aguardavam autorização para atirar. “Temos 98% de certeza de que são explosivos”, disse o delegado durante a negociação. Se confirmado o teor da carga, o volume de dinamite teria capacidade para danificar a estrutura do hotel, segundo a polícia.

O autor do sequestro tinha expressado exigências políticas – renúncia de Dilma Rousseff, extradição de Cesare Battisti e o que chamou de “aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa”, sob ameaça de detonar os explosivos. O delegado Almeida manteve sigilo sobre o prazo dado pelo sequestrador, mas informou que seria inferior a seis horas.

Por:G1

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