‘Existe sim possibilidade de greve’, diz presidente dos oficiais da PM

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, participou do evento e pediu serenidade à tropa. O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, disse que começa a discutir a contraproposta da PM nesta quarta-feira (16).

Tiago Melo/ Bahia Notícias
Tiago Melo/ Bahia Notícias

O presidente da Força Invicta, tenente-coronel Edmilson Tavares, disse, em entrevista no programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5, que há a possibilidade de ser deflagrada greve da Polícia Militar nesta terça-feira (15). Os oficiais se juntam aos praças, em assembleia no espaço Wet’n Wild, na Avenida Paralela. “Estamos aqui abertos ao diálogo. Estamos dispostos a negociar. O governo tem de nos ouvir e finalizar com coisas palpáveis. São três anos tentando melhorar essa realidade e nós não conseguimos. Ficaram muitos pontos obscuros no plano que foi apresentado pelo governo. Ficou claro o defecho do Corpo de Bombeiros, mas os demais pontos estão obscuros”, disse Tavares, durante a entrevista. “O que foi apresentado pela equipe do governo é um retrocesso. […] O clima está favorável à greve, mas esperamos conversar com o governo. Nós estamos tentando encontrar com o secretário da Segurança, agora pela manhã”, explicou. Tavares, ainda respondeu sobre a ponderação de a sociedade ficar sem segurança. “Nós adiamos a assembleia, que aconteceria em março, pensando justamente na sociedade. Mas o governo, no dia 10, apresentou uma proposta que não é palpável. Efetivamente, [para acontecer ou não uma greve] só depende do governo”, arrematou. De acordo com o presidente da associação dos oficiais, o Plano de Modernização apresentado pelo governador Jaques Wagner (PT) não condiz com as propostas elaboradas pelas entidades ao longo dos nove meses de discussão no Grupo de Trabalho e entregues em 5 de dezembro último. Ainda segundo o Tavares, após uma análise detalhada de cada item foi possível concluir que as mudanças acarretam um “retrocesso histórico” na instituição PM-BA e que ainda apresentam “resquícios da ditadura”, por suprimir direitos já segurados por lutas anteriores. “Até mesmo de forma equivocada, enquadrando como crimes militares o exercício de alguns princípios constitucionais garantidos aos cidadão, mas negados aos policiais militares, como a liberdade de expressão, de reunião e outros conforme os incisos abaixo do Novo Código de Ética”, aponta documento assinado pela Força Invicta, após reunião nesta segunda (14). Os oficiais finalizaram a assembleia com o decreto de apoio aos praças uma vez que todas as propostas foram construídas de forma conjunta. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, participou do evento e pediu serenidade à tropa. O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, disse que começa a discutir a contraproposta da PM nesta quarta-feira (16).

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